Combate às ISTs no Brasil: desafios e avanços para a saúde feminina
Estigma, desigualdade e comunicação são barreiras; prevenção moderna e acolhimento são essenciais
O combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Brasil enfrenta desafios persistentes, especialmente entre os jovens de 15 a 34 anos, grupo que apresenta as maiores taxas de detecção de HIV e crescimento acelerado de sífilis e gonorreia. Em meio ao Dezembro Vermelho, campanha nacional de conscientização, a ginecologista Jéssica Pâmela Pereira Chambarelli, parceira da SegMedic, destaca os principais entraves para o avanço da prevenção e tratamento das ISTs: o estigma, a comunicação ineficaz e a desigualdade no acesso aos serviços de saúde.
Segundo a especialista, a ampliação da cobertura da profilaxia pré-exposição (PrEP) e da profilaxia pós-exposição (PEP) depende da presença efetiva no território, com fortalecimento das unidades básicas, ações móveis, teleatendimento e campanhas locais que dialoguem diretamente com as comunidades. “Ampliar acesso depende de levar prevenção aonde as pessoas estão”, afirma Chambarelli, reforçando a importância de estratégias que ultrapassem os grandes centros urbanos.
O estigma continua sendo uma barreira significativa, dificultando tanto o início quanto a continuidade do tratamento. Para superar esse obstáculo, a especialista ressalta a necessidade de consultas acolhedoras, linguagem simples e acompanhamento contínuo, que promovam vínculos de confiança e evitem o abandono do cuidado. Normalizar a conversa sobre sexualidade e prevenção é fundamental para reduzir o medo e aumentar a adesão aos tratamentos.
A comunicação com o público jovem precisa ser renovada, utilizando campanhas curtas, visuais e adaptadas às plataformas digitais, além do uso de influenciadores e orientações práticas sobre onde e como acessar os serviços. A aproximação da testagem e da PrEP à rotina dos jovens, com horários flexíveis, ações itinerantes e disponibilização de autotestes, ajuda a diminuir barreiras logísticas e simbólicas.
Nos últimos anos, avanços importantes como a ampliação da PrEP, a distribuição de autotestes e a consolidação do conceito I=I (Indetectável = Intransmissível) têm aproximado a prevenção e o diagnóstico da vida das pessoas. Para o futuro, a especialista destaca a chegada de vacinas em desenvolvimento, testes mais integrados e terapias de longa duração, que prometem tornar o cuidado ainda mais moderno e acessível. “As inovações tendem a tornar a prevenção mais acessível e moderna”, reforça.
Em um cenário onde o estigma ainda pesa mais que a tecnologia, a mensagem é clara: testar é um ato de cuidado e proteção. As ISTs não são problemas do passado, e com informação, acolhimento e políticas públicas ativas, é possível agir cedo, com segurança e autonomia. Este panorama foi elaborado com dados da assessoria de imprensa da SegMedic, reforçando a importância da democratização do acesso à saúde para todas as mulheres e jovens do país.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



