Solidão em dezembro: por que o fim do ano pode intensificar o isolamento emocional

Dados recentes revelam aumento da solidão no último mês do ano; especialista explica causas e sinais de alerta

Dados recentes indicam que a solidão, um sentimento que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, se intensifica especialmente no mês de dezembro. Apesar de ser um período tradicionalmente associado à celebração, união e felicidade, o fim do ano pode trazer à tona sentimentos de desconexão e isolamento. Essas informações foram compartilhadas por meio de uma assessoria de imprensa da Dra. Andrea Beltran, psicóloga especialista em saúde mental.

Segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado em 2024, 36% dos brasileiros relataram sentir solidão frequente, com um aumento significativo nos últimos dois meses do ano. Em âmbito global, a situação é igualmente preocupante: o US Surgeon General classificou a solidão como uma “epidemia silenciosa”, comparando seus impactos aos do tabagismo diário.

A Dra. Andrea Beltran explica que esse aumento em dezembro está relacionado à pressão emocional típica do período. “O fim do ano é socialmente associado à união, realização e felicidade. Para quem está distante da família, vive luto, enfrenta conflitos ou não cumpre as expectativas que projetou para si, esse contraste pode acentuar o sentimento de desconexão”, afirma a especialista.

Pesquisas internacionais reforçam a gravidade do tema. O relatório global de saúde mental da Gallup (2024) aponta que quase 1 em cada 4 jovens entre 15 e 24 anos se sente sozinho com frequência, enquanto entre idosos acima de 65 anos esse índice chega a 28%. Outro estudo da Harvard Graduate School of Education (2023) revelou que 61% dos jovens adultos se sentem “seriamente solitários”. A Dra. Andrea Beltran destaca que a solidão não é um fenômeno restrito à velhice: “Vemos adolescentes, jovens e adultos maduros enfrentando solidão em intensidade semelhante, mas por motivos diferentes: hiperconexão digital sem vínculos reais, mudanças de ciclo de vida, sobrecarga profissional, rupturas familiares e até a sensação de inadequação social”.

Os impactos emocionais da solidão tendem a se agravar no fim do ano. Estudos da American Psychological Association indicam que dezembro concentra picos de estresse, ansiedade, exaustão mental e sensação de comparação social. A psicóloga alerta para sinais que merecem atenção, especialmente quando persistem por semanas: “Perda de interesse em atividades, irritabilidade, alterações no sono e isolamento crescente são alertas importantes. Não se trata apenas de se sentir sozinho; é perceber que esse estado começa a comprometer a rotina, a autoestima e o bem-estar”.

Para a Dra. Andrea Beltran, reconhecer o sentimento de solidão é fundamental para acolhê-lo e buscar ajuda. “Solidão não é fraqueza. É um sinal humano de que precisamos de conexão significativa. Falar sobre isso e procurar apoio emocional pode evitar que esse quadro evolua para problemas mais graves”, conclui.

Neste período de festas, é essencial estar atento às próprias emoções e às pessoas ao redor, promovendo o diálogo e o cuidado com a saúde mental. A busca por conexões verdadeiras e o autocuidado são caminhos importantes para enfrentar a solidão e garantir o bem-estar emocional.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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