Expectativa de vida das mulheres cresce e amplia vantagem sobre os homens, revela IBGE

Mulheres vivem, em média, 6,6 anos a mais que homens graças a hábitos preventivos e avanços sociais

Dados recentes da Tábua da Mortalidade do IBGE indicam que a expectativa de vida no Brasil atingiu 76,6 anos em 2024, o maior índice desde 1940. As mulheres continuam liderando essa estatística, vivendo em média 79,9 anos, enquanto os homens alcançam 73,3 anos — uma diferença de 6,6 anos, maior que a registrada em 1940 (5,4 anos) e menor que o pico de 7,8 anos em 2000.

Segundo o professor Eduardo Batista, coordenador dos cursos de História e Sociologia da UniCesumar, essa vantagem feminina é explicada por fatores comportamentais, biológicos e sociais. “Elas tendem a adotar mais hábitos preventivos, se expõem menos a riscos e têm menor envolvimento em violência urbana e acidentes. Além disso, há diferenças hormonais e genéticas que favorecem maior proteção cardiovascular”, afirma.

O levantamento também destaca uma preocupante sobremortalidade masculina, especialmente entre jovens. Homens de 20 a 24 anos têm 4,1 vezes mais chance de não chegar aos 25 anos do que mulheres da mesma faixa etária, devido principalmente à violência urbana, homicídios e acidentes de trânsito. “A concentração de desigualdade e criminalidade em grandes centros reforça a vulnerabilidade dos homens jovens nesses territórios”, complementa Batista.

O aumento geral da expectativa de vida no país é resultado dos avanços sociais das últimas décadas, como a expansão da educação, melhoria das condições sanitárias, acesso a serviços públicos e redução da pobreza. Para as mulheres, esses avanços foram ainda mais intensos, com maior atenção básica, pré-natal, acompanhamento ginecológico e programas preventivos que possibilitam diagnósticos precoces e controle de doenças crônicas.

A educação tem papel fundamental na qualidade de vida feminina. “Mulheres mais escolarizadas buscam mais informações sobre saúde, tomam decisões conscientes sobre alimentação e prevenção, têm maior autonomia econômica e adotam comportamentos de menor risco”, destaca o professor. Além disso, a forte presença feminina em setores como educação e saúde contribui para ambientes de trabalho com menor exposição a riscos físicos e violência.

Hábitos cotidianos também fazem diferença: as mulheres procuram mais atendimento médico, mantêm alimentação equilibrada, consomem menos álcool e tabaco e cultivam redes sociais de apoio, o que beneficia a saúde mental e a longevidade. A cultura do autocuidado é mais difundida entre elas, influenciada pela maternidade e maior proximidade com serviços de saúde ao longo da vida.

Por fim, o aumento da participação feminina no mercado de trabalho traz efeitos positivos, como autonomia financeira e acesso ampliado a cuidados, apesar do estresse da dupla jornada. Com a projeção de que as mulheres continuarão sendo a maioria da população idosa, Batista reforça a necessidade de políticas públicas focadas em cuidados de longo prazo, atenção a doenças crônicas e programas de envelhecimento ativo, para garantir qualidade de vida na terceira idade.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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