Cresce 44% a procura por espaços amplos e aumenta risco de acidentes em condomínios

Dados recentes da assessoria de imprensa revelam que a busca por imóveis com espaços amplos cresceu 44% em 2024, segundo informações do Airbnb. Esse aumento reflete o desejo dos brasileiros de aproveitar ambientes maiores para reunir familiares e amigos, especialmente durante as férias. Nos condomínios, essa tendência intensifica o uso das áreas comuns, como piscinas, churrasqueiras, bares e playgrounds, que acabam operando no limite de sua capacidade.

Com o maior fluxo de pessoas, cresce também o risco de acidentes, brigas e problemas estruturais nesses espaços. O advogado Fernando Alvarenga, especialista em direito civil, imobiliário e condominial, destaca que os incidentes mais frequentes envolvem afogamentos, quedas, queimaduras, conflitos e falhas em equipamentos. “Os acidentes mais frequentes acontecem quando falta sinalização adequada, manutenção preventiva ou regras claras para uso por crianças e visitantes. Muitas vezes, um detalhe de gestão é suficiente para caracterizar responsabilidade”, explica.

Entre os principais fatores que geram risco jurídico estão acidentes em piscinas sem supervisão ou com sinalização insuficiente, lesões causadas por equipamentos malconservados em áreas gourmet, falhas na manutenção de pisos e estruturas, além de problemas com reservas duplicadas de espaços. A responsabilidade do condomínio surge quando há ausência de manutenção, defeitos nas instalações, falta de controle ou negligência na comunicação. Por outro lado, se o acidente ocorrer por imprudência ou uso inadequado das instalações, a responsabilidade é do morador ou visitante.

O especialista alerta que o verão exige cuidados extras da administração condominial, já que o aumento da circulação torna qualquer falha mais evidente. Entre as medidas essenciais estão a sinalização clara, manutenção preventiva, revisão de equipamentos, regras visíveis e capacitação da equipe para lidar com emergências. “O condomínio tem a obrigação de garantir áreas comuns seguras, especialmente em períodos de alta circulação. Isso inclui desde manutenção técnica até comunicação eficaz com os moradores”, afirma Alvarenga.

Embora o seguro condominial seja uma proteção importante, ele não cobre acidentes pessoais exclusivos dos condôminos, salvo quando há culpa comprovada do condomínio. Por isso, o advogado recomenda que os moradores também contratem seguros individuais para complementar a cobertura. “O seguro do condomínio normalmente cobre danos a terceiros, mas não substitui a responsabilidade individual. A prevenção ainda é o instrumento mais eficaz”.

Diante desse cenário, a atenção redobrada às áreas de lazer e a gestão eficiente são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar de todos, especialmente das mulheres e famílias que buscam conforto e tranquilidade em seus lares.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA