Como proteger o bem-estar emocional das crianças nas festas de fim de ano
Dicas essenciais para garantir comemorações acolhedoras e respeitosas para os pequenos
Com a chegada das festas de fim de ano, é comum que as rotinas sejam alteradas e o clima de celebração traga estímulos intensos, principalmente para as crianças. Embora para muitos adultos esse período seja sinônimo de alegria e confraternização, para os pequenos pode representar desafios emocionais importantes. Entender como essas mudanças impactam o desenvolvimento infantil é fundamental para que as comemorações sejam positivas, acolhedoras e respeitem as necessidades de cada fase da criança.
De acordo com informações da assessoria de imprensa, forçar experiências e desorganizar a rotina das crianças pode influenciar negativamente seu desenvolvimento saudável no futuro. Nos primeiros anos de vida, especialmente até os sete anos, as experiências emocionais e a forma como os responsáveis lidam com a criança moldam diretamente a maneira como ela irá se relacionar com o mundo na vida adulta. Por isso, além dos cuidados básicos como alimentação, higiene e vacinação, é essencial que os cuidadores reconheçam e respeitem cada etapa do desenvolvimento infantil.
Durante as festas, muitas vezes os desejos das crianças são negligenciados. É nesse momento que os pais devem ficar atentos para que a criança não se sinta excluída ou maltratada. “São pequenos momentos ou situações consideradas simples pelos adultos que geram problemas futuros no desenvolvimento e no comportamento daquela criança”, alerta o Dr. André Ceballos, neurocirurgião especializado em desenvolvimento infantil.
Para ajudar pais e cuidadores, o especialista recomenda algumas atitudes importantes: ao registrar uma foto com o Papai Noel, aproxime-se do bom velhinho e deixe que a criança sinalize se está confortável para chegar mais perto. “Jamais force a criança a ficar ao lado do Papai Noel, sentar no colo dele ou sorrir para a foto se ela estiver assustada ou com medo.”
Nos encontros familiares, respeite o espaço da criança e não force abraços ou beijos, mesmo que insistam. “Muitas vezes, a criança tem pouca ou nenhuma intimidade com o adulto e se vê forçada a uma situação com um estranho, sentindo-se desprotegida. O cérebro imaturo da criança não consegue assimilar isso, fazendo com que ela se sinta sem apoio.”
Manter a rotina, especialmente dos horários de alimentação e sono, é primordial. “Fugir um pouco da rotina é normal, mas cuidado para não exagerar ou negligenciar as necessidades básicas da criança em prol do seu divertimento. Se algo sair da rotina, evite que outras situações agravem o estresse.”
A alimentação também merece atenção: o excesso de refrigerantes, doces e alimentos gordurosos pode atrapalhar o sono e a disposição das crianças. Além disso, o uso excessivo de telas deve ser evitado, pois prejudica o desenvolvimento, o sono e a saúde mental, além de expor as crianças a conteúdos impróprios.
Por fim, o neurocirurgião alerta para não usar a figura do Papai Noel como chantagem emocional. “Nunca associe bom comportamento com premiação, por exemplo: se não se comportar, o Papai Noel não vai trazer presentes, porque esses valores são fatores que auxiliam na formação da mente da criança.”
Mais do que regras, o especialista recomenda aproveitar as festas para se aproximar das crianças, deixar a correria de lado e voltar a ser criança também. “Brinque de esconde-esconde, corra ao ar livre, conte histórias. Aproveite estes dias para rever o álbum de fotografias, conte detalhes dos momentos ali registrados, abrace, beije, faça biscoitos, olhe no olho, crie conexões e deixe o celular de lado. É momento de se fortalecer laços, transmitir valores e deixar um legado.”
A linha que separa a falta de educação infantil de atitudes oriundas de um cérebro ainda em formação é muito tênue. Por isso, é fundamental que os cuidadores estejam próximos, conhecendo a postura da criança, orientando, acolhendo e validando seus sentimentos, independentemente da época do ano.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



