Manoela Bourel: Arte, Maternidade Atípica e Neurodiversidade em Cores e Afeto
A artista plástica autista transforma emoções e vivências em obras que celebram a singularidade feminina e a conexão materna
Manoela Bourel é uma artista plástica e ceramista que vem conquistando destaque no cenário contemporâneo brasileiro ao transformar sua experiência como mulher autista e mãe atípica em arte e afeto. Diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) grau 2, Manoela encontrou na pintura e na cerâmica um canal para expressar emoções, memórias e a complexidade de sua vivência, criando obras que misturam surrealismo e naif, com cores vibrantes e texturas únicas.
Autodidata, Manoela descobriu sua paixão pela arte ainda na infância, quando se encantava pelos livrinhos de colorir e desenhava figuras que hoje inspiram suas criações. Aos 15 anos, iniciou sua trajetória artística com a compra da primeira tela e materiais, dando início a uma jornada que se tornou seu modo de comunicação autêntico e cheio de propósito. Suas obras são marcadas por aplicações inusitadas, como flores naturais secas, pedras, cristais e até fios de cabelo, elementos que enriquecem a narrativa visual e conferem uma dimensão sensorial à sua arte.
Um aspecto central do trabalho de Manoela é a homenagem à força feminina. Muitas de suas pinturas recebem nomes de mulheres que marcaram sua infância, como Griselda, Dolores e Yasmin, refletindo sua visão da mulher como um ser inabalável, capaz de dar vida e sustentar o mundo ao seu redor. Essa simbologia feminina é parte da energia que permeia suas composições, que dialogam com sentimentos profundos e a beleza singular de cada pessoa.
Além da arte, Manoela é mãe de três filhos e compartilha uma relação especial com a filha mais nova, Sophie, diagnosticada com autismo grau 3. Juntas, elas exploram a cerâmica como uma forma de conexão afetiva e terapia, transformando o processo de modelagem da argila em um espaço de diálogo e pertencimento. Essa experiência reforça a importância do afeto e da compreensão na vivência da neurodiversidade.
Para Manoela, o autismo é uma “Imensidão Íntima do Invisível”, expressão que dá nome à sua primeira exposição individual realizada em agosto. A mostra traduz, por meio da cor e da forma, a profundidade de um universo interno muitas vezes invisível e incompreendido para o público em geral. Além de artista, Manoela atua como palestrante e porta-voz da causa da neurodiversidade, compartilhando sua experiência pessoal para acolher e orientar outras mães que enfrentam desafios semelhantes.
Este conteúdo foi produzido com informações da assessoria de imprensa e revela como Manoela Bourel utiliza a arte para ampliar o debate sobre inclusão, sensibilizando o público para uma compreensão mais humana e plural da neurodiversidade e da maternidade atípica.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



