Kenner destaca moda periférica com desfile ‘Eu vim de lá’ na Casa de Criadores
Projeto reúne cinco marcas independentes que celebram ancestralidade e cultura das periferias brasileiras
A Kenner apresentou na Casa de Criadores 57, em São Paulo, o projeto “Eu vim de lá”, que reuniu cinco marcas independentes originárias das periferias brasileiras. A iniciativa, que teve início em setembro com o primeiro concurso de moda da Kenner no Museu de Arte do Rio, é inspirada na trajetória da cantora Anitta e tem como objetivo valorizar histórias de resistência, criatividade e cultura presentes nas regiões periféricas do país.
Segundo Lucas Rodrigues, coordenador de branding, estratégia e cultura da Kenner, “cada marca e cada estilista traz uma história singular, com sonhos, desafios, coragem para expandir e resiliência. É justamente isso que evidenciamos desde a criação do ‘Eu vim de lá’, relevando potências que representam a moda em suas diversas expressões.” A participação na Casa de Criadores, um espaço reconhecido por revelar talentos, reforça a importância do projeto para a marca.
Representando a Bahia, a iLoostre, vencedora do concurso no Rio, destacou a ancestralidade em suas peças, com cores que remetem à bandeira baiana, tons de pele retinta e o prateado das joias crioulas. A fundadora Loo Nascimento explica que a essência da marca está no metal, nos pingentes e no som dos balangandãs, além do crochê feito por sua mãe, trazendo referências das primeiras pessoas negras a empreender no Brasil.
Do subúrbio carioca, a .pormenor levou para a passarela elementos do Carnaval, homenageando os bate-bolas, patrimônio cultural do Rio, e os gorilas de saco, além de incorporar o futebol, esporte democrático, em sua coleção. Bernardo Cordeiro, fundador da marca, ressalta que “cada look ajuda a contar um pedaço dessa história tão rica que temos por aqui.”
A marca carioca Èssis revisitou memórias familiares ao se inspirar nos crochês e desenhos feitos pela mãe de um dos fundadores na década de 1970. Miguel Èssis destaca a escolha do jacquard como tecido acessível, antes exclusivo da elite europeia, e a preocupação com a funcionalidade das peças, alinhando-se à versatilidade das sandálias Kenner.
Do Sul do país, a Ventana, de Santa Catarina, trouxe figurinos que simbolizam as vivências da infância da cantora Anitta e da fundadora Gabrielle Pilotto, valorizando o upcycling e o artesanal. Peças foram confeccionadas com materiais reaproveitados, como toalhinhas, lençóis e crochês, reforçando a ideia de dar nova vida a tecidos descartados.
Por fim, a Labo Young, do Pará, refletiu seus sonhos e cotidiano com destaque para o artesanato em tramas e cestaria, além de remeter ao coletivo “Galera da Kenner”, que influenciou o estilo local com as sandálias da marca.
Com base em dados da assessoria de imprensa, o projeto “Eu vim de lá” mostra como a moda pode ser um poderoso instrumento de expressão cultural e social, valorizando a diversidade e a criatividade das periferias brasileiras.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



