Dezembro Vermelho alerta para aumento da sífilis no Brasil em 2025

Mudanças no comportamento e queda no uso de preservativos elevam casos e riscos para gestantes e bebês

Neste Dezembro Vermelho, mês dedicado à conscientização sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o Brasil enfrenta um preocupante aumento nos casos de sífilis, acompanhando uma tendência global que acende um alerta nas autoridades de saúde. Dados recentes mostram que a sífilis atinge mais de 8 milhões de pessoas no mundo, com a Região das Américas concentrando a maior incidência, cerca de 3,37 milhões de novos casos.

No Brasil, entre 2010 e junho de 2025, foram notificados quase 2 milhões de casos de sífilis adquirida, com uma taxa de detecção crescente, exceto em 2020, quando a pandemia de Covid-19 impactou o acesso aos serviços de saúde e o diagnóstico. Segundo o infectologista Dr. Américo Calvazara Neto, esse aumento está ligado a mudanças no comportamento sexual da população, principalmente à redução do uso de preservativos. “As pessoas pararam de se proteger em suas relações sexuais, o que tem impactado significativamente o aumento da doença, especialmente entre quem tem múltiplas parcerias”, explica.

A sífilis apresenta sintomas variados conforme a fase da doença. Na fase primária, surge uma ferida indolor na região genital, que muitas vezes passa despercebida. Na fase secundária, manchas avermelhadas pelo corpo e sintomas como fadiga e dores articulares podem aparecer. Se não tratada, a doença pode evoluir para a fase terciária, afetando órgãos vitais como cérebro e coração, podendo causar neurossífilis, com sintomas graves como demência e perda cognitiva.

Minas Gerais exemplifica essa escalada, com mais de 4 mil casos de sífilis adquirida em Belo Horizonte até outubro de 2025 e 76 casos de sífilis gestacional em Uberlândia no primeiro semestre. A sífilis em gestantes é especialmente preocupante, pois pode ser transmitida ao bebê durante a gravidez, causando consequências graves como aborto espontâneo, parto prematuro, baixo peso ao nascer e comprometimento do desenvolvimento.

O professor Dr. Renilton Aires Lima destaca que, apesar do protocolo brasileiro para prevenção da sífilis congênita — que inclui testagem e tratamento das gestantes — a transmissão vertical não foi interrompida em 85,7% dos casos devido a tratamento inadequado ou não realizado. Após o nascimento, sinais como aumento do fígado e baço, manchas na pele e até neurossífilis podem se manifestar.

Este cenário reforça a importância da conscientização, prevenção e tratamento adequado da sífilis, especialmente durante a gestação, para evitar complicações graves. A campanha Dezembro Vermelho é fundamental para informar e mobilizar a população sobre os riscos das ISTs e a necessidade do uso correto do preservativo.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Afya, referência em educação e soluções para a prática médica no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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