Casos de dengue caem 75% em 2025, mas verão mantém alerta no Sudeste e Centro-Oeste
Apesar da queda expressiva, o verão exige atenção redobrada para evitar surtos da doença no Brasil
Dados recentes da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde revelam uma queda significativa nos casos de dengue no Brasil em 2025. Até novembro, foram registrados cerca de 1,6 milhão de casos prováveis, uma redução de aproximadamente 75% em comparação com os mais de 6,5 milhões no mesmo período de 2024. Apesar desse recuo, o verão ainda mantém o alerta aceso para a doença, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que continuam sendo as mais críticas.
A maior parte dos casos notificados ocorre entre as mulheres, que representam 54% das notificações, e a faixa etária mais afetada é a dos adultos entre 20 e 49 anos, grupo com maior mobilidade e rotina ativa. “O maior número de mortes são em adultos acima de 60 anos”, destaca a Dra. Rosana Richtmann, consultora em vacinas e infectologista, reforçando a importância da atenção especial para essa população.
No cenário regional, São Paulo lidera com 898.845 casos prováveis e o coeficiente mais alto do país, com 1.955 casos por 100 mil habitantes. Outros estados como Goiás, Paraná, Acre e Mato Grosso também apresentam índices expressivos. Em contrapartida, regiões do Norte e Nordeste, como Ceará, Roraima, Maranhão, Amazonas e Rondônia, registram os menores níveis de incidência, indicando um ano epidemiológico menos intenso nessas áreas.
O início de 2025 foi marcado por um volume de casos mais elevado do que em 2024, com picos em março e abril que ultrapassaram 1 milhão de casos mensais. No entanto, a partir do segundo semestre, os números se estabilizaram, embora ainda em patamares que exigem vigilância constante.
Especialistas reforçam que o período de verão, caracterizado por calor, chuvas e maior circulação de pessoas, cria condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Para o infectologista André Bon, a vacinação é uma ferramenta essencial para reduzir a chance de formas graves da doença e aliviar a pressão sobre o sistema hospitalar. “Ter a vacina como aliada significa diminuir a chance de desenvolver formas graves e aliviar a demanda hospitalar nos meses de maior transmissão. É uma estratégia que protege o indivíduo e toda a comunidade.”
A Dra. Rosana Richtmann lembra que, mesmo com a redução dos casos, o risco permanece e que a vacinação é fundamental, especialmente para quem vive nas regiões mais afetadas. Além disso, a opção de atendimento domiciliar para vacinação oferece comodidade para quem deseja se proteger antes das viagens e confraternizações típicas do fim de ano.
Por fim, André Bon destaca que a prevenção continua sendo a medida mais eficaz para enfrentar a dengue: “Eliminar criadouros, manter cuidados individuais e considerar a vacinação — especialmente antes do aumento da circulação — são medidas essenciais para atravessar a estação mais desafiadora do ano com tranquilidade.”
Acompanhar as informações oficiais e manter os cuidados é fundamental para proteger a saúde e o bem-estar de toda a família neste verão.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



