A Era da Beleza Autêntica: Naturalidade como Novo Luxo em 2026
Após anos de padrões estéticos uniformes, cresce a valorização da identidade e sutileza na busca pela verdadeira expressão pessoal
A estética atravessa uma mudança histórica: 2026 consolida a era da beleza autêntica. Depois de anos em que rostos padronizados dominaram consultórios e redes sociais, ganha força um movimento que valoriza sutileza, identidade e autocuidado. Impulsionada por mulheres que abandonam excessos e por celebridades que revertem procedimentos antigos, a busca pela naturalidade se torna símbolo de sofisticação. Em um cenário mais crítico e consciente, profissionais como a biomédica esteta Amanda Friaes observam diariamente essa virada cultural, que reposiciona a beleza como expressão verdadeira de quem se é, e não de quem se deveria parecer.
A busca por naturalidade ganha protagonismo no Brasil e no mundo, impulsionada por mulheres que abandonam excessos estéticos e priorizam sutileza, autocuidado e identidade pessoal.
A estética vive um dos momentos mais transformadores das últimas décadas. Depois de anos marcados por harmonizações agressivas, preenchimentos excessivos e um ideal visual quase uniforme, 2026 consolida uma mudança profunda no imaginário feminino: a beleza natural volta a ser protagonista. O desejo agora é realçar a identidade própria, não submeter o rosto a um molde pré-fabricado.
Esse movimento se intensifica à medida que celebridades assumem publicamente a reversão de procedimentos estéticos. Muitas figuras brasileiras e internacionais decidiram desfazer intervenções antigas por acreditarem que os resultados já não refletiam quem realmente eram. No Brasil, nomes como Gkay, Scheila Carvalho, Lucas Lucco, Gabi Martins, Eliezer, Deborah Secco e Flávia Pavanelli repercutiram nas redes ao dissolver preenchimentos, reverter harmonizações ou realizar explantes após perceberem exageros ou desconforto estético. No exterior, Courteney Cox e Simon Cowell também chamaram atenção ao desmanchar harmonizações que consideraram excessivas, recuperando contornos mais autênticos. A soma desses relatos ajudou a consolidar a virada cultural em direção a uma estética mais consciente e alinhada à identidade verdadeira.
No Brasil, mesmo entre celebridades que preferem discrição, profissionais relatam um aumento expressivo na procura por reversões de procedimentos antigos e por abordagens mais sutis. O silêncio público de muitas figuras nacionais não diminui a força do movimento, que cresce de maneira consistente dentro dos consultórios. A estética de hoje não está mais ligada à transformação radical, mas à delicadeza, à manutenção da expressividade e ao respeito ao próprio rosto.
É esse cenário que a biomédica esteta Amanda Friaes, mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ e especialista em harmonização facial e corporal, observa diariamente no consultório. Ela afirma que a mudança de comportamento não é apenas estética, mas cultural. Segundo ela, o público está mais crítico e mais informado sobre riscos, excessos e resultados artificiais. Em suas palavras: “As mulheres querem ver sua própria identidade refletida no espelho. Hoje, a procura é por técnicas que respeitem individualidade e tragam frescor, não por transformações que apagam traços pessoais. A naturalidade voltou a ser símbolo de sofisticação.” Para Amanda, protocolos sutis, focados em prevenção e qualidade da pele, ganham protagonismo porque respondem a uma nova demanda de bem-estar e autenticidade.
No Instituto HarmoniArte, onde também atua como docente, Amanda percebe esse movimento entre os estudantes e profissionais em formação, que já enxergam a estética com outro olhar: mais técnico, mais consciente e menos guiado por modismos passageiros. A nova geração de especialistas parece compreender que beleza não se fabrica em série, e sim a partir da leitura cuidadosa de cada rosto e de cada história individual.
A virada estética que o Brasil vive marca o abandono definitivo da busca por rostos padronizados. O novo ideal não é ser outra pessoa, mas ser você mesma em sua melhor versão. Naturalidade é o novo luxo e autenticidade é a tendência que define esta geração.
Por Ester Salles
Artigo de opinião



