Como líderes podem manter alta performance sem esgotamento no fim do ano

A gestão de energia e a clareza emocional são essenciais para resultados sustentáveis e equilíbrio na liderança

Com a aproximação do fim do ano e o aumento das metas e pressões por resultados, muitos líderes e mentores enfrentam um desafio silencioso: manter a alta performance sem entrar em exaustão. A psicóloga e empresária Fernanda Tochetto, fundadora do Tittanium Club e cofundadora da Mentoring League Society (MLS), afirma que a chave para sustentar resultados está na capacidade de gerenciar energia, e não apenas tempo.

Segundo Tochetto, a cultura da alta performance tem levado executivos e empresários a confundirem produtividade com intensidade. “Não é a carga de trabalho que gera resultados, mas o nível de consciência com que se trabalha. Clareza e autogestão emocional são fatores determinantes para a performance sustentável”, explica.

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicam que 62% dos profissionais em cargos de liderança relatam sintomas de fadiga crônica. No Brasil, pesquisa da ISMA-BR (International Stress Management Association) aponta que o país ocupa o segundo lugar no ranking mundial de burnout, atrás apenas do Japão.

Para Fernanda, a mentalidade de “fazer sempre mais” tem custo alto. “O excesso de metas sem alinhamento com propósito e estrutura emocional gera líderes desconectados e equipes improdutivas. Alta performance sem equilíbrio é apenas um atalho para o esgotamento”, afirma.

A especialista defende que o primeiro passo é desenvolver clareza sobre objetivos, limites e prioridades. “Clareza não é luxo, é ferramenta de gestão. Líderes que não sabem o que querem acabam reagindo ao ambiente, e isso consome energia vital”, pontua.

Outro ponto central é o autoconhecimento, que Fernanda chama de “estrutura emocional do resultado”. Ferramentas como o DISC e a Técnica 4D utilizadas em seus programas de mentoria ajudam líderes a identificar gatilhos de estresse, crenças limitantes e padrões de comportamento que prejudicam o desempenho.

“Todo líder precisa aprender a sustentar o próprio ritmo. Não é sobre trabalhar menos, é sobre trabalhar inteiro. Isso exige pausas estratégicas, descanso intencional e um ambiente que apoie o desenvolvimento humano, não apenas o desempenho técnico”, reforça.

Segundo levantamento interno do Tittanium Club, líderes que adotaram rotinas de gestão de energia e práticas de foco mental como meditação guiada e planejamento semanal com base em prioridades aumentaram em 2,3 vezes sua produtividade sem ampliação da carga horária.

Para Tochetto, a liderança do futuro será avaliada menos por métricas de entrega e mais pela capacidade de sustentar performance com saúde. “Empresas que querem crescer precisam entender que burnout custa mais caro do que qualquer treinamento. O equilíbrio é a nova métrica da excelência”, conclui.

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Por Fernanda Tochetto

Psicóloga, empresária, autora best-seller, fundadora do Tittanium Club, cofundadora da Mentoring League Society (MLS), com mais de 24 anos de experiência em educação empresarial, especialista em mentalidade e estrutura emocional

Artigo de opinião

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