Os perigos do uso frequente de antibióticos na infância: saiba como proteger seu filho
Entenda os riscos do uso excessivo de antibióticos e a importância do acompanhamento médico para a saúde infantil
Com o aumento dos casos de infecções respiratórias e viroses ao longo do ano, muitos pais recorrem rapidamente ao uso de antibióticos para aliviar os sintomas das crianças. No entanto, o uso recorrente e sem necessidade real desses medicamentos pode trazer sérios prejuízos à saúde infantil. Dados da assessoria de imprensa da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo alertam para os riscos do uso excessivo de antibióticos na infância, especialmente quando a infecção é viral e não bacteriana.
Em infecções como a dor de garganta, por exemplo, a causa pode ser viral ou bacteriana, e a confirmação da necessidade do antibiótico deve ser feita por meio de exames específicos, como o teste do estreptococo. Nem toda inflamação exige o uso do medicamento, e uma avaliação clínica cuidadosa é fundamental para evitar tratamentos desnecessários.
O pediatra Dr. Hamilton Robledo explica que o uso frequente de antibióticos nos primeiros anos de vida pode causar desequilíbrios na microbiota intestinal, que é essencial para a imunidade da criança. “Os antibióticos eliminam tanto bactérias nocivas quanto as benéficas, essenciais para a formação da microbiota intestinal. Esse desequilíbrio pode causar diarreias, desconfortos gastrointestinais e enfraquecimento da imunidade. Em situações de uso excessivo, há ainda relatos de associação com atrasos no desenvolvimento”, alerta o especialista.
Além disso, o uso inadequado pode aumentar o risco de alergias e doenças crônicas, trazendo impactos que podem acompanhar a criança por muitos anos. Outro problema grave é a resistência bacteriana, que ocorre quando microrganismos se tornam resistentes aos tratamentos tradicionais, dificultando o combate a infecções graves no futuro.
Apesar desses riscos, os antibióticos continuam indispensáveis em casos comprovados de infecção bacteriana, como pneumonia, infecção urinária e otite supurada. A chave está em saber quando o medicamento é realmente necessário e evitar que ele seja a primeira resposta a qualquer sintoma.
O Dr. Robledo orienta os pais a adotarem algumas práticas importantes: usar antibióticos somente com indicação médica e diante de confirmação ou forte suspeita de infecção bacteriana; evitar automedicação e o uso de sobras de tratamentos anteriores; não insistir no uso do medicamento para quadros virais; manter as vacinas e consultas em dia; e observar se a criança melhora com hidratação, descanso e controle dos sintomas antes de considerar o uso do antibiótico.
O especialista reforça que a responsabilidade é compartilhada entre pais e profissionais de saúde. “Quando usamos antibióticos com critério, protegemos não só o organismo da criança, mas também todo o arsenal que a medicina dispõe para tratar infecções sérias. Prevenção, acompanhamento adequado e informação são as melhores ferramentas para garantir um crescimento saudável”, conclui.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, reforçando a importância do uso consciente dos antibióticos para a saúde das crianças.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



