Esquizofrenia em foco: sinais, desafios e a importância do cuidado contínuo

Caso na Paraíba reacende debate sobre transtornos psiquiátricos e a necessidade de apoio constante

A esquizofrenia voltou a ser tema de debate no Brasil após um episódio trágico envolvendo um jovem de dezenove anos na Paraíba. O caso reacendeu a urgência de ampliar a compreensão sobre transtornos psiquiátricos graves e a importância do acesso contínuo ao tratamento, especialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Dados recentes de um estudo nacional, realizado por pesquisadores da Unifesp, USP e UFPR e divulgado pela Uniad, indicam que cerca de 547 mil adultos brasileiros convivem com esquizofrenia, o que corresponde a 0,34% da população. A pesquisa aponta maior prevalência entre homens de 40 a 59 anos, com baixa escolaridade e renda, residentes em áreas urbanas.

Segundo o psiquiatra Dr. Edson Kruger Batista, da ViV Saúde Mental e Emocional, “a esquizofrenia é um transtorno que afeta a forma como a pessoa percebe e interpreta a realidade”, interferindo na consciência, linguagem, emoções e comportamento. Sintomas como alucinações auditivas, delírios, pensamento desorganizado e retraimento social podem variar conforme a fase da doença.

A origem da esquizofrenia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais. “Vivências traumáticas, uso de substâncias psicoativas, estresse crônico e ausência de suporte social são exemplos de desencadeadores que aumentam o risco da manifestação da doença”, explica o especialista. Ele ressalta que a combinação entre vulnerabilidade biológica e ambiente adverso dificulta a recuperação e aumenta o risco de crises.

O diagnóstico precoce e o tratamento contínuo são fundamentais para a estabilidade do paciente. O acompanhamento inclui medicamentos antipsicóticos, psicoterapia e suporte psicossocial. “Quando o tratamento é iniciado de forma precoce e mantido ao longo do tempo, vemos uma melhora expressiva na estabilidade emocional e na funcionalidade”, destaca Dr. Batista. Em casos específicos, a internação pode ser necessária para garantir segurança e reorganizar o cuidado, sendo parte do tratamento e não uma punição.

O contexto social tem papel decisivo na evolução da doença. Rupturas familiares, pobreza, isolamento e falta de serviços de saúde dificultam o reconhecimento dos sintomas e a continuidade do tratamento. “Situações de vulnerabilidade aumentam muito o risco de descompensação. O caso divulgado na Paraíba chama atenção para essa realidade, já que a falta de acompanhamento constante deixa qualquer pessoa com esquizofrenia mais exposta”, alerta o médico.

Para proteger e promover a recuperação, o fortalecimento das redes de cuidado é essencial. Políticas públicas integradas que envolvam saúde mental, assistência social e atenção primária ajudam a reduzir vulnerabilidades e facilitam o acesso ao tratamento. “Quando o paciente tem acompanhamento regular e uma rede que o apoia, as chances de estabilidade e autonomia aumentam muito. A informação qualificada também faz diferença, porque reduz preconceitos e facilita o reconhecimento dos sinais de alerta”, conclui Dr. Batista.

Ampliar o debate público sobre a esquizofrenia é fundamental para garantir diagnóstico precoce, tratamento adequado e um ambiente acolhedor para pacientes e suas famílias, promovendo segurança e perspectivas de vida mais estáveis.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa da ViV Saúde Mental e Emocional.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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