Clubes de networking crescem no Brasil, mas mulheres ainda enfrentam barreiras para acesso pleno

Apesar do avanço das redes femininas, a presença das mulheres em espaços decisórios cresce lentamente no país

O crescimento dos clubes de networking no Brasil tem se mostrado uma importante ferramenta para executivos e empreendedores que buscam ampliar sua visibilidade, negócios e influência. Esses espaços, que vão desde encontros fechados até fóruns temáticos, consolidam-se como ambientes estratégicos para acelerar carreiras e criar oportunidades. No entanto, apesar da expansão, a presença feminina nesses grupos ainda é inferior à masculina, revelando um desequilíbrio que persiste mesmo com o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho.

Dados de estudos recentes, compartilhados pela assessoria de imprensa, ajudam a compreender esse cenário. Uma pesquisa da North Carolina State University, com mais de 12 mil profissionais, indica que homens têm maior probabilidade de transformar relacionamentos informais em ofertas de trabalho ou oportunidades de negócio. Além disso, uma revisão acadêmica sobre redes profissionais aponta que, mesmo participando dos mesmos eventos, as mulheres tendem a ter menos acesso a contatos com alto poder decisório. A Harvard Business Review reforça essa percepção ao destacar que redes masculinas são vistas como mais influentes, enquanto as femininas são frequentemente associadas a suporte, e não diretamente às decisões estratégicas.

Jessica Amorim, sócia do Clube CDC, explica que essa desigualdade não está relacionada à capacidade das mulheres, mas a um histórico de exclusão. “A desigualdade é resultado de décadas em que os círculos de poder foram predominantemente masculinos”, afirma. Ela ressalta que, apesar disso, as mulheres sempre trabalharam duro e, ao ingressarem nesses espaços, chegam com propósito e estabelecem conexões qualificadas. A participação feminina no Clube CDC cresce a cada ano, acompanhando a ascensão das mulheres em cargos executivos.

No Conselho Activas, rede dedicada a lideranças femininas, a presidente Marly Parra reforça que a desigualdade numérica nos clubes tradicionais é consequência do mercado historicamente masculino, e não da falta de preparo das mulheres. Segundo ela, “elas entendem o poder estratégico do networking e constroem redes muito fortes”, e o impacto dessas conexões é imediato e visível no ambiente corporativo. Iniciativas lideradas por mulheres têm acelerado o equilíbrio e ampliado a presença feminina na tomada de decisão.

Embora as diferenças estruturais ainda existam, há sinais claros de mudança. Redes femininas crescem em várias regiões do país, clubes tradicionais adotam políticas de diversidade, e mulheres ocupam cada vez mais cargos de liderança que influenciam diretamente a dinâmica desses ambientes. Especialistas afirmam que, com a cultura organizacional mais inclusiva, o networking tende a se tornar uma ferramenta mais democrática, equilibrada e eficiente para empresas e profissionais.

Assim, o avanço das mulheres nos clubes de networking representa não apenas uma conquista individual, mas uma transformação necessária para um mercado mais justo e representativo. O desafio agora é acelerar essa mudança para que a presença feminina deixe de ser minoritária e passe a ser protagonista nos espaços de poder e decisão.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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