Bolsa Família: 70% dos adolescentes superam a pobreza em 10 anos
Estudo do MDS e FGV mostra que educação, saúde e emprego formal são chave para a autonomia dos jovens
Um estudo recente do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que 70% dos adolescentes beneficiários do Bolsa Família em 2014 deixaram de depender do programa em 10 anos. Essa evolução representa um avanço significativo na quebra do ciclo da pobreza entre gerações, destacando o impacto positivo das políticas públicas de transferência de renda combinadas com educação, saúde e inserção no mercado formal de trabalho.
De acordo com a pesquisa “Filhos do Bolsa Família: uma análise da última década do programa”, a saída do programa foi mais expressiva entre os jovens de 15 a 17 anos, com 71,25% deixando o benefício até 2025. Na faixa de 11 a 14 anos, o índice também é alto, chegando a 68,8%. O ministro Wellington Dias, presente na divulgação do estudo, atribui esse resultado às condicionalidades do programa, que exigem frequência escolar e acompanhamento em saúde, além de incentivar a permanência na escola.
Além disso, o estudo aponta que 52,67% dos jovens entre 15 e 17 anos que recebiam o Bolsa Família em 2014 saíram do Cadastro Único, que contempla famílias com renda um pouco maior. Entre esses, 28,4% já possuem emprego formal com carteira assinada em 2025. Entre os adolescentes de 11 a 14 anos, 46,95% saíram do Cadastro Único e 19,10% têm vínculo formal de trabalho atualmente. Esses dados reforçam a importância da qualificação profissional e do acesso ao mercado de trabalho para a superação da pobreza.
O ministro Wellington Dias destacou que a combinação de infraestrutura adequada, educação de qualidade e emprego formal é decisiva para que as famílias alcancem autonomia econômica. “Significa que a meta da inclusão socioeconômica, trabalhar o desenvolvimento social, integrado com o desenvolvimento econômico, como lançou o Presidente Lula, está dando resultado”, afirmou.
O estudo também ressalta dois mecanismos recentes que contribuem para essa transformação: a Regra de Proteção, que permite a manutenção parcial do benefício mesmo com aumento da renda, e o Programa Acredita, que oferece qualificação profissional, apoio para inserção no mercado de trabalho e incentivos ao empreendedorismo para famílias de baixa renda.
As condicionalidades do Bolsa Família, que exigem vacinação, acompanhamento nutricional e frequência escolar mínima (60% para crianças de 4 a 6 anos e 75% para jovens de 6 a 18 anos), são fundamentais para garantir que os jovens permaneçam na escola e tenham acesso a serviços públicos essenciais.
Esses resultados evidenciam que o Bolsa Família não apenas oferece suporte financeiro imediato, mas atua como um instrumento de promoção da autonomia e da melhoria da qualidade de vida dos jovens, desmistificando o preconceito de que o programa desestimula o emprego. Pelo contrário, ele estimula a inserção no mercado formal e contribui para a redução sustentável da pobreza no Brasil.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



