Pós-menopausa e blefarite: entenda o aumento do risco de inflamação nas pálpebras

Descubra como as alterações hormonais na menopausa afetam a saúde ocular e quais cuidados adotar

A menopausa é um período de grandes transformações no corpo da mulher, que vão muito além dos sintomas clássicos como os calores. Um estudo recente publicado no periódico Cureous, do grupo Nature, revela que o risco de desenvolver blefarite — uma inflamação crônica nas pálpebras — aumenta significativamente após os 50 anos, especialmente no período pós-menopausa.

Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, essa maior incidência está relacionada à redução dos hormônios sexuais, como estrogênio e testosterona, que possuem efeito anti-inflamatório nas glândulas meibomianas, responsáveis pela produção do meibum, uma substância oleosa essencial para a lubrificação ocular. “Na menopausa acontecem alterações na produção e secreção dos hormônios sexuais. Como resultado, há mudanças também na produção e secreção do meibum e isso altera a quantidade e a qualidade do filme lacrimal”, explica a especialista.

Além disso, a reposição hormonal, principalmente da testosterona, pode aumentar a produção de sebo, o que pode obstruir os ductos das glândulas sebáceas das pálpebras, elevando o risco de blefarite e outras doenças oculares, como a síndrome do olho seco, terçol e calázio de repetição.

A blefarite pode causar sintomas variados, desde coceira, vermelhidão e ardência até perda de cílios e sensibilidade à luz. A formação de crostas nas margens das pálpebras, que se assemelham à caspa, e o desconforto ao acordar com os olhos grudados são sinais característicos da doença. “Outro problema comum em mulheres na menopausa é a síndrome do olho seco, que também tem relação com problemas nas glândulas meibomianas”, acrescenta Dra. Tatiana.

Para o tratamento, a Luz Intensa Pulsada (IPL) tem se mostrado eficaz. A técnica utiliza pulsos de luz que se transformam em calor, amolecendo as secreções endurecidas e cauterizando vasos sanguíneos que alimentam a inflamação. A IPL também ajuda a eliminar micro-organismos como ácaros Demodex e bactérias, que agravam o quadro. O procedimento é realizado em consultório, em três sessões com intervalos de 15 dias, seguido de uma sessão anual de manutenção.

Além do tratamento médico, alguns cuidados diários ajudam a amenizar os sintomas da blefarite: evitar o uso frequente de lápis de olho e rímel à prova d’água, preferindo produtos mais leves e orgânicos; manter pinceis e esponjas de maquiagem sempre higienizados para evitar a proliferação de micro-organismos; optar por cosméticos oil free; realizar compressas mornas para amolecer as secreções endurecidas; e fazer a higiene diária das pálpebras com água morna e xampu neutro diluído, massageando suavemente para remover resíduos.

“As mulheres sofrem bastante na menopausa e é preciso ter um olhar mais global para a saúde delas nessa fase da vida. A saúde ocular também sofre os efeitos das alterações hormonais. Portanto, é importante que elas procurem um oftalmologista para um check-up ou ainda na presença dos sinais e sintomas da blefarite”, conclui a oftalmologista.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa, reforçando a importância do cuidado integral com a saúde feminina na menopausa, especialmente no que diz respeito à saúde ocular.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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