Como Neurociência e Psicanálise Revelam os Impactos Invisíveis da Violência Doméstica
Nova cartilha interdisciplinar destaca efeitos do trauma no cérebro e na mente, fortalecendo o cuidado humanizado
A violência doméstica vai muito além das marcas visíveis no corpo; ela deixa cicatrizes profundas no funcionamento cerebral e na saúde mental das vítimas. Uma nova cartilha interativa, desenvolvida por pesquisadoras brasileiras em parceria com uma universidade francesa, traz uma abordagem inovadora ao unir Neurociência e Psicanálise para compreender os efeitos ocultos desse trauma. Com base em dados da assessoria de imprensa, o material “Entendendo os Efeitos da Violência Doméstica no Corpo e na Mente” traduz complexos achados científicos em linguagem acessível, visando fortalecer a escuta humanizada e o olhar clínico dos profissionais da rede psicossocial.
O estudo detalha como o trauma da violência doméstica provoca alterações neurobiológicas significativas. A amígdala, responsável pela resposta ao medo, torna-se hiperativa, mantendo a vítima em estado constante de alerta, mesmo sem perigo real. Já o córtex pré-frontal, que regula o pensamento lógico e as emoções, apresenta hipoatividade, dificultando a concentração e o controle emocional. O hipocampo, fundamental para a memória contextual, sofre redução de volume, o que explica os flashbacks e a sensação de reviver o trauma. Além disso, a liberação contínua de hormônios do estresse, como cortisol e adrenalina, pode causar problemas físicos a longo prazo, como hipertensão e imunossupressão.
Sob a ótica da Psicanálise, o trauma gera afetos reprimidos — emoções dolorosas que não podem ser expressas e são empurradas para o inconsciente. Esses sentimentos não desaparecem e podem se manifestar como ansiedade, irritação ou sintomas físicos sem causa aparente. O trabalho terapêutico busca resgatar esses afetos para que a vítima possa superar o trauma.
A cartilha também destaca a importância da rede de atendimento psicossocial, oferecendo orientações para a identificação precoce do sofrimento emocional e estratégias de acolhimento baseadas na escuta sensível e empática. Validação dos sentimentos, não julgamento e respeito à autonomia da vítima são pilares fundamentais para o cuidado humanizado. A publicação reforça que a responsabilidade pela violência é do agressor, e que o apoio deve ser pautado na confiança e no respeito.
Por fim, o material ressalta o papel das políticas públicas, como a Lei Maria da Penha, e a necessidade de uma rede integrada de proteção, que inclui delegacias especializadas, centros de referência e serviços sociais. Conhecer e divulgar esses recursos é essencial para garantir a segurança e a autonomia das vítimas.
Este conteúdo, baseado em dados da assessoria de imprensa, oferece uma visão ampliada e científica sobre os impactos da violência doméstica, contribuindo para um atendimento mais qualificado e humano às mulheres que enfrentam essa realidade.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



