Ataque aéreo atinge unidade de Médicos Sem Fronteiras no Sudão do Sul, mas sem vítimas
Infraestrutura médica é alvo em meio a conflito, enquanto equipes e pacientes permanecem seguros
Na manhã da última quarta-feira (3/12), uma unidade de saúde da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi atingida por um ataque aéreo na cidade de Pieri, localizada no estado de Jonglei, no Sudão do Sul. Apesar da gravidade do incidente, pacientes, profissionais de saúde e equipes humanitárias não sofreram ferimentos, conforme informações da assessoria de imprensa da MSF.
Após o ataque, que envolveu disparos de um helicóptero de combate, as equipes da organização constataram marcas de balas na infraestrutura interna da unidade médica. Além disso, em Lankien, outra localidade onde MSF mantém unidades de saúde, foram registrados novos ataques aéreos, embora sem danos diretos às estruturas. Em ambos os locais, todos os funcionários permanecem em segurança e não há registro de vítimas na comunidade local.
A unidade de Pieri é a única instituição que oferece serviços de saúde para grupos vulneráveis, como mulheres e crianças, na região. Já o hospital de Lankien é a única unidade secundária que presta atendimento essencial para toda a área. Esses ataques fazem parte de um padrão preocupante, que tem colocado em risco a infraestrutura médica e a continuidade do atendimento em meio ao conflito armado que assola o país.
Em 2025, as instalações médicas da MSF no Sudão do Sul sofreram diversos ataques violentos, o que levou ao fechamento dos hospitais de Old Fangak e Ulang, em maio e junho, respectivamente. Além disso, houve a suspensão das atividades de atenção primária em várias regiões, incluindo Jonglei, Alto Nilo e Equatoria Central.
“O recente ataque aéreo revela um padrão profundamente preocupante, no qual instalações de saúde são constantemente atingidas ou alvejadas durante ações armadas persistentes. Apelamos pela proteção imediata da infraestrutura médica, dos profissionais e dos pacientes no Sudão do Sul”, declarou Emmerson Gono, coordenador-adjunto do projeto da MSF no país.
O Sudão do Sul enfrenta uma grave crise humanitária, agravada pelo conflito armado, deslocamento populacional, inundações recorrentes e surtos de doenças. A situação é ainda mais crítica devido à redução do financiamento internacional para programas humanitários e de desenvolvimento, além da fragilidade do sistema de saúde local. Médicos Sem Fronteiras mantém um dos seus maiores programas de assistência médica no país, buscando atender às necessidades urgentes da população afetada.
Este relato foi produzido com base em informações oficiais da assessoria de imprensa de Médicos Sem Fronteiras. A situação no Sudão do Sul reforça a importância da proteção das unidades de saúde e do apoio internacional para garantir o acesso a cuidados essenciais, especialmente para mulheres, crianças e grupos vulneráveis.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



