Consumidor brasileiro em 2025: equilíbrio entre preço e qualidade nas compras
Pesquisa revela que brasileiros economizam em itens básicos para investir em produtos premium e bem-estar
Em 2025, o consumidor brasileiro mostrou uma mudança significativa em seus hábitos de compra, buscando um equilíbrio entre preço e qualidade. Dados recentes da Scanntech, empresa líder em inteligência de dados para o varejo, em parceria com a McKinsey, indicam que o shopper brasileiro está mais seletivo, priorizando o “gastar melhor” em vez do simples “gastar menos ou mais”.
Segundo a análise, diante da alta dos preços, os consumidores passaram a economizar em categorias básicas, como mercearia e produtos de limpeza, para investir em itens premium que trazem mais satisfação pessoal e benefícios adicionais. Essa tendência, que deve se manter em 2026, revela uma mentalidade estratégica e consciente na hora de montar o carrinho de compras.
Na prática, o chamado trade down — ou seja, a escolha por marcas mais econômicas — foi mais evidente em produtos essenciais. Na mercearia básica, por exemplo, marcas de menor preço ampliaram sua participação em +1,3 ponto percentual, com destaque para o café, que cresceu +3,1 p.p. No segmento de limpeza, itens como amaciante concentrado e sabão líquido também ganharam espaço entre as opções mais acessíveis, com aumentos de +2,9 p.p. e +1,9 p.p., respectivamente.
Por outro lado, o trade up, movimento de premiunização, cresceu em categorias ligadas ao bem-estar e indulgência. Bebidas alcoólicas premium, biscoitos, chocolates, barras de cereal proteico e produtos de beleza foram os principais destaques. A participação das bebidas alcoólicas premium subiu +2,1 p.p., sendo +2,3 p.p. apenas em cervejas premium. No segmento fitness, as barras de cereal proteico avançaram +3,8 p.p., reforçando a busca por alimentos de alto valor nutricional.
O maior destaque ficou para a perfumaria, com marcas premium de leave-in crescendo +16,7 p.p. e tratamentos capilares +4,4 p.p., mostrando que o consumidor está disposto a investir mais em produtos de cuidado pessoal que ofereçam benefícios adicionais, mesmo com preços mais elevados.
Priscila Ariani, Diretora de Marketing da Scanntech, comenta: “O que temos observado no varejo este ano é uma dinâmica de trade down e trade up em diferentes itens da cesta do consumidor. O consumidor aceita pagar um pouco mais por produtos de maior qualidade, equilibrando o orçamento ao economizar em certas categorias para se permitir esses ‘luxos’ no carrinho de compras, principalmente em itens ligados à satisfação pessoal.”
Pedro Fernandes complementa: “O Brasil sempre foi um dos países com mais trade down, mas agora estamos vendo, de forma seletiva, um aumento do trade up. Em 2026, acreditamos que essa dinâmica deve continuar: trade down em categorias mais básicas e trade up naquelas em que imagem e valor percebido justificam um gasto maior.”
Esses dados mostram que o consumidor brasileiro está cada vez mais estratégico, economizando onde pode e investindo onde deseja, um comportamento que desafia o varejo e as indústrias a repensarem suas estratégias para o próximo ano.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Scanntech.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



