O que o tênis ensina aos gestores para vencer no mundo corporativo
Estratégias, controle emocional e foco ponto a ponto são lições do esporte que podem transformar a liderança empresarial
Em um ambiente empresarial cada vez mais competitivo, onde decisões são tomadas em velocidade de saque e a pressão por resultados nunca sai de quadra, gestores têm buscado inspiração além das salas de reunião. A teoria do “Esportismo”, desenvolvida por Motta, Castropil e Santos, profissionais conhecidos principalmente por suas pesquisas sobre competências e habilidades adquiridas na prática esportiva, identifica que habilidades como atitude, visão, estratégia, execução e trabalho em equipe são diretamente aplicáveis ao ambiente empresarial. E é no tênis, um jogo de tática e autocontrole, que muitos executivos têm lições decisivas para liderar times, encarar crises e vencer o próximo set no mundo corporativo.
Para Lucas André, CEO e fundador da Fast Tennis, rede de academia de tênis, o esporte e a gestão compartilham a mesma lógica: não se trata de perfeição, mas de evolução constante. “Assim como um atleta treina todos os dias para disputar as próximas partidas, os gestores precisam desenvolver disciplina, leitura estratégica e controle emocional para seguir competitivos. As quadras me ensinaram que vencer não é ganhar o jogo inteiro, é dominar o próximo ponto”, ressalta Lucas.
Líder de uma das redes que mais cresce no país, ele listou algumas características que a prática esportiva tem e que agregam muito na vida de qualquer executivo. São elas:
Ponto a ponto: Insistir no erro anterior compromete o lance seguinte de qualquer partida e na gestão o raciocínio é o mesmo. “Líderes que aprendem a ‘zerar’ a mente e focar no próximo movimento conseguem decisões mais rápidas e assertivas. Gestores de alta performance sabem que o jogo muda a cada ponto. O importante é recuperar o foco imediatamente”, afirma Lucas.
Construir estratégia: Não adianta bater forte na bola se a direção estiver errada e isso vale para quem acha que acelerar o crescimento sem clareza estratégica é um bom caminho. O plano tático é fundamental e deve vir antes de qualquer passo. No tênis, como nos negócios, vence quem entende o momento do jogo.
Resistência emocional: Um jogador preparado emocionalmente é capaz de superar adversários tecnicamente superiores. No mundo corporativo, a antifragilidade emocional é fundamental. Líderes que sustentam a pressão, conversam com o erro e recuperam a confiança rápido, tendem a conduzir equipes mais fortes e confiantes.
O jogo só acaba quando o último ponto termina: Essa lição serve para todos os universos, pois desistir antes da hora em qualquer situação é abrir mão de viradas possíveis e espetaculares. “A mentalidade de longo prazo é fundamental. Mesmo quando estamos atrás no placar, ainda existe jogo, e é justamente aí que os líderes se destacam”, completa o executivo.
Por Lucas André
CEO e fundador da Fast Tennis, rede de academia de tênis
Artigo de opinião



