Acolhimento e Empatia nas Empresas: Estratégias para um Ambiente de Trabalho Saudável

O Outubro Rosa reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, especialmente dentro das empresas, onde políticas internas de apoio podem fazer diferença na vida dos colaboradores. No Brasil, o câncer de mama é o tipo mais incidente entre mulheres, com estimativa de 74 mil novos casos por ano em 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Diante desse cenário, cresce a responsabilidade das organizações em adotar medidas concretas de acolhimento, flexibilidade e suporte psicológico, garantindo que profissionais em tratamento consigam manter saúde, equilíbrio e produtividade.

Para a advogada especializada em Relações Trabalhistas e Sindicais, Larissa Mota, fundadora da Exímia, empresa de BPO de folha de pagamento e gestão de benefícios, a atuação das companhias deve ser tanto estratégica quanto humana. “Oferecer apoio a colaboradores em momentos delicados não é apenas uma questão de cuidado individual, mas também uma forma de fortalecer o ambiente de trabalho e demonstrar responsabilidade social. Políticas claras de adaptação de rotina e benefícios ampliados reduzem o estresse e permitem que os profissionais continuem engajados durante tratamentos ou desafios pessoais”, afirma.

Na prática, a própria Exímia vivenciou um exemplo inspirador. Durante uma palestra de conscientização em outubro de 2024, uma colaboradora compartilhou com toda a equipe seu diagnóstico de câncer de mama. A empresa respondeu com acolhimento, ajustando sua rotina e oferecendo acompanhamento contínuo — uma demonstração de que medidas simples de humanização podem gerar impactos profundos no clima organizacional e na confiança entre colegas.

A experiência mostra que ações corporativas ligadas ao Outubro Rosa vão além das campanhas de conscientização. “Quando as empresas adotam políticas de acolhimento e adaptam o ambiente de trabalho para atender necessidades individuais, elas promovem não apenas saúde e bem-estar, mas também engajamento e produtividade”, reforça Larissa Mota. “Cuidar de quem trabalha é, acima de tudo, um valor estratégico e parte essencial da cultura organizacional.”