Movimente-se para uma vida mais feliz em 2026: o papel da dopamina no bem-estar

No final do ano, muitas pessoas aproveitam o momento para revisitar metas, celebrar conquistas, reorganizar o que não deu certo e traçar planos para o próximo ciclo. Entre objetivos que envolvem relações pessoais e mudanças de hábitos, há promessas que ganham mais força: “vou cuidar mais de mim”; “quero ter uma vida mais feliz!”. E dentro desse cuidado, a atividade física quase sempre está no topo da lista.

Mas o que nem todos sabem é que se exercitar vai muito além da forma física. A prática adequada libera substâncias responsáveis pela sensação de felicidade, motivação e bem-estar, e uma delas merece destaque: a dopamina, neurotransmissor fundamental nos mecanismos de prazer, foco e recompensa.

“A dopamina funciona como um mensageiro químico. Ela é liberada quando fazemos algo que gostamos e é responsável por aquela sensação de satisfação que nos incentiva a repetir comportamentos positivos. Quando usamos o exercício como estratégia, conseguimos manter níveis mais equilibrados de dopamina no cérebro, o que impacta diretamente a motivação e o humor”, explica Juliana Romantini, treinadora corpo & mente e especialista em Mindfulness, habilitada em Medicina do Estilo de Vida por Harvard.

Segundo ela, essa liberação constante de dopamina através do exercício é uma das razões pelas quais a atividade física é recomendada não apenas para a saúde física, mas também para o bem-estar mental e emocional.

Mas qual atividade libera mais? Romantini reforça que não é qualquer atividade física que desencadeia esse efeito de forma significativa. As práticas que mais liberam dopamina são aquelas que combinam três elementos: intensidade, desafio e prazer. “Quando esses fatores se encontram, acionamos o sistema de recompensa do cérebro, que responde com verdadeiras ‘explosões de felicidade’”, afirma.

Tais elementos, que estão inseridos na Prática Integral (metodologia desenvolvida por ela), podem ser trabalhados em um ambiente que estimula a presença e o contato com a natureza. “Nós combinamos movimento consciente, desafios progressivos e uma atmosfera natural que reduz ruído mental. É isso que faz tantas pessoas relatarem sensação de leveza e foco após os treinos”, completa.

Com a proximidade de 2026, quando as pessoas desejam se sentir mais felizes, leves e alinhadas consigo mesmas, a especialista sugere que as metas relacionadas ao autocuidado deixem de ser apenas promessas e se tornem reais e sustentáveis.

“Buscar uma vida mais plena e feliz não precisa começar com grandes mudanças. Começa com o corpo em movimento, com a respiração que volta ao ritmo, com o cérebro entendendo que existem caminhos possíveis para o bem-estar”, conclui.

E para quem pretende investir na busca por mais saúde e felicidade no próximo ano, Romantini compartilha algumas dicas que podem ajudar a renovar as energias e cultivar sensações de alegria e mais plenitude.

– Comece aos poucos
Não espere o momento ideal. Ele começa quando você dá o primeiro passo. Cinco minutos de movimento já fazem diferença.

– Busque prazer no movimento
O exercício precisa fazer bem, não pesar na rotina. Escolha algo que te conecte e desperte bem-estar.

– Una corpo e mente
Movimentar-se com atenção e presença reduz o estresse e renova as energias para o novo ano.