Dia Mundial de Luta Contra o HIV: Autotestes ampliam o acesso e ajudam a frear a epidemia
Com a queda nos testes tradicionais, os autotestes surgem como ferramenta essencial para diagnóstico e prevenção do HIV
No Dia Mundial de Luta Contra o HIV, é fundamental refletir sobre os desafios atuais para o diagnóstico e controle da doença. Dados recentes indicam que os testes de HIV diminuíram 22% em comparação com os níveis pré-pandemia, devido ao redirecionamento de recursos para o combate à Covid-19. Essa queda preocupa especialistas, já que o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento e para evitar novas transmissões.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Abbott, quase 6 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV sem saber, o que representa cerca de 15% do total de 38,4 milhões infectados globalmente. Essa falta de conhecimento sobre o status sorológico dificulta o acesso ao tratamento e contribui para a continuidade da epidemia.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) estabeleceu a meta 95-95-95 para 2030: 95% das pessoas com HIV devem conhecer seu diagnóstico, 95% dessas devem estar em tratamento e 95% dos tratados devem apresentar carga viral suprimida. Para alcançar esse objetivo, é crucial ampliar o acesso aos testes.
Nesse contexto, os autotestes de HIV surgem como uma solução eficaz. Recomendados pela Organização Mundial da Saúde desde 2016, eles oferecem uma forma prática, privada e confiável para que pessoas, especialmente aquelas em grupos vulneráveis como jovens e homens que fazem sexo com homens, possam realizar o teste com mais frequência. Estudos mostram que o uso dos autotestes aumenta significativamente a adesão à testagem: um estudo na África do Sul indicou um aumento de 47% nos testes semestrais entre homens que fazem sexo com homens.
A Abbott lançou o Panbio HIV Self Test, um autoteste rápido que detecta anticorpos contra HIV-1 e HIV-2 a partir de uma pequena amostra de sangue da ponta do dedo, com resultados em 15 a 20 minutos. Conforme destaca Gavin Cloherty, Ph.D., chefe de Pesquisa de Doenças Infecciosas da Abbott, “oferecer às pessoas a possibilidade de se testarem de forma confiável e conveniente na privacidade de suas casas… as empodera com informações de saúde para evitar novas transmissões do vírus.”
Além de facilitar o diagnóstico, os autotestes ajudam a reduzir o estigma e a discriminação, pois permitem que as pessoas conheçam seu status sorológico sem precisar enfrentar ambientes clínicos que podem ser hostis. Com o resultado em mãos, elas podem buscar orientação médica e iniciar o tratamento necessário.
Portanto, ampliar o uso dos autotestes é uma estratégia fundamental para preencher a lacuna deixada pela queda nos testes tradicionais e avançar no combate ao HIV. Conhecer seu status é o primeiro passo para proteger a si mesma e aos outros, fortalecendo a saúde feminina e a qualidade de vida de toda a comunidade.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



