Uso prolongado de antidepressivos pode causar alterações genéticas, apontam estudos

Psicodélicos com terapia assistida surgem como alternativa promissora para depressão e saúde mental

Pesquisas recentes indicam que o uso prolongado de antidepressivos pode estar associado a alterações genéticas, um alerta importante para quem faz uso contínuo desses medicamentos. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia, o consumo de medicamentos para saúde mental no Brasil cresceu 18,6% entre agosto de 2022 e agosto de 2024, sendo que 74% desse total correspondem a antidepressivos.

A depressão, transtorno que afeta milhões de pessoas no mundo, apresenta sintomas como perda de iniciativa, alterações de humor e cognitivas, e está relacionada à redução de neurotransmissores como serotonina e noradrenalina. Para casos leves, tratamentos não farmacológicos, como psicoterapias cognitivas e comportamentais, são indicados. No entanto, para quadros moderados a graves, a farmacoterapia costuma ser necessária.

O médico e pesquisador Lucas Cury destaca que, apesar da eficácia dos antidepressivos, estudos sugerem uma possível ligação entre seu uso e danos ao DNA. “Isso levanta questionamentos sobre a qualidade da transmissão genética para as próximas gerações, especialmente diante do aumento do uso desses fármacos para transtornos de humor”, explica. A pesquisa “Alterações genéticas associadas ao uso de medicamentos” (2023) reforça que o uso prolongado desses remédios, aliado a fatores como hábitos prejudiciais e estresse, pode sobrecarregar os mecanismos de reparo do DNA, contribuindo para doenças degenerativas e até câncer.

Diante desse cenário, terapias com psicodélicos, combinadas com psicoterapia assistida, têm ganhado destaque como alternativa eficaz e menos agressiva. Um estudo publicado em 2024 na revista Lancet comparou o uso de psilocibina com o antidepressivo escitalopram, mostrando que a dose única de psilocibina acompanhada de terapia produziu efeitos antidepressivos sustentados e benefícios adicionais relacionados à saúde mental, como maior sensação de conexão e significado na vida.

O especialista Lucas Cury ressalta que essa combinação pode ser uma modalidade transformadora, com menor risco de efeitos adversos e danos genéticos, além de reduzir custos para os serviços públicos e melhorar a reinserção social e laboral dos pacientes. “Também pode diminuir a incidência de suicídio relacionada à resistência medicamentosa”, completa.

Essas descobertas são fundamentais para repensar as práticas de prescrição e incentivar o desenvolvimento de tratamentos mais seguros para a depressão, especialmente para quem necessita de cuidados a longo prazo. Ainda assim, há uma lacuna no conhecimento sobre os efeitos genotóxicos dos antidepressivos, o que reforça a importância de novas pesquisas e alternativas terapêuticas.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas por assessoria de imprensa especializada.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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