Novembro Azul: Quebrando Tabus para Cuidar da Saúde Masculina

Como a masculinidade tóxica dificulta a prevenção do câncer de próstata e o papel da saúde mental

Novembro é o mês dedicado à campanha de combate ao câncer de próstata, uma das doenças mais comuns entre os homens. Apesar da importância da prevenção, ainda existe um grande tabu em torno do tema, especialmente relacionado ao exame de toque retal, fundamental para o diagnóstico precoce. Este tabu, muitas vezes alimentado por preconceitos e piadas, está profundamente ligado à chamada masculinidade tóxica.

Segundo Ciro Jorge, especialista em psiquiatria geral do Instituto Nutrindo Ideais, a masculinidade tóxica contribui para que os homens associem o exame de toque a uma invasão da sua virilidade, por envolver o contato na região anal. “Por ser um exame no qual o toque ocorre na região anal masculina, os homens tendem a associar o exame ao ato sexual entre homosexuais e então passam a fazer piadas, de teor preconceituoso, sobre o mesmo”, explica o especialista. Essa associação errônea cria uma barreira emocional que dificulta o autocuidado e a prevenção.

Para Ciro, a crescente incidência do câncer de próstata tem potencial para diminuir esse estigma, já que o medo da doença pode superar o preconceito. Ele destaca que o papel do profissional de saúde mental é fundamental para ajudar o paciente a superar essas inseguranças. “Inicialmente é preciso que haja um vínculo exitoso médico-paciente, nutrido de confiança e humanização. Após a criação desse vínculo, o paciente vai conseguir se expor e se mostrar vulnerável, compartilhando os seus tabus e barreiras”, afirma.

Além disso, a saúde mental tem um papel crucial durante o Novembro Azul, pois o diagnóstico e o tratamento do câncer podem abalar emocionalmente não só o paciente, mas toda a família. Problemas como alterações na ereção, ejaculação e micção podem surgir, reforçando a necessidade de superar preconceitos para garantir o cuidado integral.

A família também deve estar atenta a sinais de que o homem pode estar evitando cuidados médicos, como mudanças no apetite, sono, disposição, humor e desempenho sexual. Caso haja recusa persistente, é importante que um profissional de saúde faça a mediação, respeitando sempre a autonomia do paciente.

Por fim, Ciro ressalta a importância de informar sobre os avanços da medicina no tratamento do câncer de próstata, para diminuir o medo da perda da virilidade e mostrar os riscos reais da doença quando descoberta tardiamente. “O câncer de próstata pode ser agressivo se não tratado ou se descoberto em fase avançada, tendo alto poder metastático inviabilizando, a longo prazo, não somente a virilidade mas a sobrevida como um todo”, alerta.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa, reforçando a importância de derrubar tabus e promover o autocuidado masculino. A prevenção salva vidas e começa com informação e diálogo aberto.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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