Por que os homens ainda evitam o médico após o Novembro Azul? Entenda os motivos

Dados recentes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2023), divulgados pelo Ministério da Saúde, revelam que 37% dos homens brasileiros só procuram o médico quando apresentam sintomas graves, e 47% não realizam exames preventivos anuais. Esses números mostram que, mesmo após o impacto positivo da campanha Novembro Azul, o cuidado com a saúde masculina ainda não é uma prática constante.

O Novembro Azul, criado para conscientizar sobre o câncer de próstata, abriu espaço para um debate mais amplo sobre a saúde do homem. No entanto, transformar essa conscientização pontual em um hábito contínuo ainda é um desafio. Segundo Marcos Kozlowski, responsável técnico e especialista em bacteriologia do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, a resistência masculina ao consultório médico tem causas multifatoriais. “Há fatores culturais, emocionais e até sociais que fazem com que o homem postergue o cuidado. Muitos ainda associam a ida ao médico a uma situação de fraqueza, quando, na verdade, o cuidado é um ato de coragem e de prevenção”, explica.

Outro motivo que contribui para essa resistência é o medo do diagnóstico. “Existe um estigma em torno do diagnóstico, como se descobrir uma doença fosse uma sentença. Na verdade, é o oposto, quanto antes a condição é identificada, maiores são as chances de controle e cura, sendo que os exames laboratoriais são ferramentas fundamentais para detectar alterações antes mesmo de o corpo manifestar sintomas evidentes”, destaca Kozlowski.

O especialista reforça que o check-up laboratorial anual é o primeiro passo para o autocuidado masculino. Exames simples, como hemograma completo, podem indicar quadros de anemia, infecções e inflamações precoces. A glicemia monitora alterações nos níveis de açúcar no sangue, essenciais para o diagnóstico e controle do diabetes, uma doença que cresce silenciosamente entre os homens. Já o colesterol total e suas frações avaliam o risco cardiovascular, prevenindo complicações como infarto e AVC, que ainda são uma das principais causas de morte masculina.

Além disso, a avaliação da função hepática e renal revela o impacto do consumo de álcool, medicamentos e hábitos alimentares sobre fígado e rins. A função tireoidiana também deve ser monitorada para identificar distúrbios hormonais.

Kozlowski destaca que a rotina preventiva deve ser encarada como parte do bem-estar e não apenas uma obrigação médica. “Homens costumam priorizar o trabalho e a família e acabam deixando a própria saúde em segundo plano. Mas é justamente estar bem que permite cuidar melhor dos outros. A prevenção é uma forma de garantir qualidade de vida e longevidade”, afirma.

O pós-Novembro Azul é o momento ideal para transformar a conscientização em ação. “O Novembro Azul é um lembrete, mas a verdadeira mudança acontece quando o cuidado se torna parte do cotidiano. Fazer exames, consultar o médico e adotar hábitos saudáveis precisam ser práticas permanentes, não sazonais. Cuidar da saúde é um ato de responsabilidade e amor-próprio. O homem que se previne não apenas vive mais, mas vive melhor”, conclui o especialista.

Exames essenciais para a saúde masculina:
– PSA (antígeno prostático específico): rastreia alterações na próstata
– Colesterol total e frações: avalia o risco cardiovascular
– Glicemia: monitora o risco de diabetes
– Hemograma completo: analisa o estado geral do sangue e possíveis infecções
– Função hepática (TGO, TGP, GGT): verifica o funcionamento do fígado
– Função renal (uréia e creatinina): avalia a saúde dos rins
– Função tireoidiana (TSH e T4 livre): identifica distúrbios hormonais

Com dados da assessoria de imprensa, este conteúdo reforça a importância de transformar o cuidado com a saúde masculina em uma prática constante e preventiva.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA