HPV não é só questão feminina: homens também precisam se informar e se prevenir

Desconhecimento sobre HPV entre homens é alto e vacinação ainda está abaixo da meta no Brasil

O HPV (Papilomavírus Humano) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo e um importante fator de risco para o desenvolvimento de vários tipos de câncer. Embora seja mais conhecido por sua relação com o câncer de colo do útero, que afeta principalmente mulheres, o vírus também pode causar tumores em homens, como os de pênis, ânus e orofaringe.

No entanto, o desconhecimento masculino sobre o HPV ainda é alarmante. Segundo dados de uma pesquisa recente realizada pela farmacêutica MSD, com apoio da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 64% dos brasileiros não sabem que o HPV pode causar câncer, e apenas 34% reconhecem a associação da infecção com o desenvolvimento de tumores. O estudo ouviu 300 homens entre 22 e 45 anos de todas as regiões do país e revelou que a falta de informação é um dos principais obstáculos para a prevenção.

Mais da metade dos entrevistados (54%) acredita, erroneamente, que o HPV não causa verrugas genitais, enquanto 49% desconhecem que exames regulares são importantes para a detecção precoce do vírus. Além disso, 45% consideram o uso da camisinha como medida suficiente para proteção, o que não é totalmente correto.

“O HPV é uma infecção silenciosa, que muitas vezes não apresenta sintomas e pode permanecer adormecida por anos. Isso faz com que muitos homens desconheçam o fato de serem portadores e, consequentemente, mantenham a cadeia de transmissão”, explica o Dr. Fernando Yamauchi, coordenador médico de tomografia e ressonância magnética no Delboni e Lavoisier. Segundo ele, o diagnóstico precoce e a vacinação são as estratégias mais eficazes para conter o avanço do vírus. “A prevenção vai muito além do uso de preservativo. A vacina é segura, gratuita para alguns grupos específicos, e altamente eficaz”, complementa.

No Brasil, a vacinação contra o HPV tem avançado, mas ainda está abaixo da meta recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2024, cerca de 67% dos meninos entre 9 e 14 anos foram imunizados, segundo o Ministério da Saúde, enquanto a meta ideal é de 80%. A vacina, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), protege contra os principais tipos de HPV relacionados a lesões genitais e tumores.

Especialistas reforçam que a vacinação masculina não protege apenas o indivíduo, mas também contribui para a redução da transmissão e protege indiretamente as mulheres. O Dia Internacional do Homem é uma oportunidade para ampliar o diálogo sobre autocuidado e saúde sexual. “Cuidar de si mesmo é um ato de responsabilidade, com o próprio corpo e com o parceiro ou parceira”, destaca o Dr. Yamauchi.

O desafio cultural permanece: é fundamental quebrar o mito de que o HPV é uma preocupação exclusiva das mulheres e promover a conscientização de que a prevenção deve começar cedo, com informação e vacinação.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa e estudos recentes sobre o tema.

Referências:
(1) NATIONAL CANCER INSTITUTE (EUA). HPV and Cancer. Bethesda: NIH, 2025.
(2) MSD; SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA. Estudo sobre o conhecimento dos homens brasileiros em relação ao HPV. São Paulo, 2025.
(3) MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Brasil supera média global e avança na vacinação contra HPV. Brasília: Ministério da Saúde, 2025.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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