“Defender nossas vidas é urgente”: Marcha das Mulheres Negras reafirma luta e representatividade

Em Brasília, milhares de mulheres negras se uniram para exigir reparação, direitos e o fim do racismo estrutural

A 2ª Marcha para Mulheres Negras, realizada em 25 de novembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, reuniu milhares de mulheres de todas as regiões do Brasil para reafirmar a luta contra o racismo estrutural e a violência que historicamente atinge o povo negro. Dez anos após o primeiro ato nacional, a mobilização trouxe à tona pautas essenciais como a reparação histórica, o acesso a direitos básicos e a construção do bem viver.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou do evento ao lado da comitiva do Ministério da Cultura (MinC), destacando a importância da representatividade das mulheres negras em espaços de decisão e formulação de políticas públicas. “Nós temos que cada vez mais estar nesses lugares, defender as pautas das mulheres negras que contribuem ao longo da história da sociedade brasileira, com suas vidas e seus exemplos para todos nós”, afirmou a ministra.

Durante o ato, Margareth Menezes foi enfática ao condenar o racismo estrutural e a discriminação racial, que considera uma “mácula para o desenvolvimento do nosso país”. Ela também ressaltou a necessidade urgente de reparação pelos três séculos de escravidão e pela ausência de justiça mesmo após mais de 150 anos da abolição: “Queremos reparação já!”.

A marcha teve como objetivo denunciar a violência contra as mulheres negras e reforçar seu papel decisivo na construção da democracia brasileira. As participantes reivindicaram direitos fundamentais, como moradia, emprego e segurança, além de uma vida digna, livre de violência e com ações efetivas de equidade.

Roberta Martins, secretária de Articulação Federativa e Comitês de Cultura, destacou a força e a resistência das mulheres negras como agentes de transformação em todos os setores da sociedade, inclusive na cultura. “Marchamos juntas pela reparação e pelo bem viver — princípios profundamente conectados à cultura, que é raiz e força da nossa identidade”, afirmou.

Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, ressaltou a importância da mobilização coletiva e da cultura para promover igualdade racial e de gênero. “As identidades e expressões, o sentido de pertencimento, as trajetórias de opressão, resiliência e superação, os saberes e fazeres, um rico universo que revela como a cultura é essencial para mover a sociedade por mais igualdade racial e de gênero”, disse.

Joelma Gonzaga, secretária do Audiovisual, reforçou o papel das mulheres negras na transformação social, citando a frase da ativista Angela Davis: “quando uma mulher negra se move, toda a sociedade e toda a estrutura da sociedade se move com ela”.

A 2ª Marcha para Mulheres Negras foi um momento histórico de mobilização, resistência e esperança, reunindo mulheres de todo o país e lideranças internacionais em defesa da garantia de direitos e do fim da violência contra as mulheres negras. O evento reforça que a luta por justiça social e reparação é urgente e fundamental para o avanço do Brasil.

Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa do Ministério da Cultura.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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