Uso prolongado de antidepressivos pode causar alterações genéticas; psicodélicos são alternativa promissora

Estudos apontam riscos do tratamento medicamentoso e destacam a terapia assistida por psicodélicos como opção eficaz e segura

Dados recentes do Conselho Federal de Farmácia revelam um aumento de 18,6% no consumo de medicamentos para saúde mental no Brasil, com destaque para os antidepressivos, que representam 74% dos remédios adquiridos. A depressão, transtorno que afeta milhões de pessoas, é caracterizada por sintomas como perda de iniciativa, alterações de humor e cognitivas, e é frequentemente tratada com medicamentos que atuam na regulação de neurotransmissores como serotonina e noradrenalina.

No entanto, pesquisas recentes indicam que o uso prolongado de antidepressivos pode estar associado a alterações genéticas. Segundo o médico e pesquisador Lucas Cury, “alguns estudos sugerem uma potencial associação entre o uso de antidepressivos e danos ao DNA, o que levanta questionamentos e preocupações relacionados à qualidade da transmissão genética”. O estudo “Alterações genéticas associadas ao uso de medicamentos” (2023) destaca que o uso contínuo desses fármacos, especialmente em tratamentos que ultrapassam seis meses, pode causar danos ao DNA, agravados por fatores ambientais, hábitos prejudiciais e estilos de vida estressantes. Esses danos podem contribuir para doenças degenerativas e até câncer.

Diante desse cenário, a combinação de psicodélicos com psicoterapia assistida surge como uma alternativa terapêutica promissora. Um ensaio clínico publicado em 2024 na revista Lancet comparou o uso de psilocibina, um psicodélico, com o antidepressivo escitalopram. Os resultados mostraram que uma dose única de psilocibina acompanhada de psicoterapia produziu efeitos antidepressivos sustentados, com benefícios adicionais em aspectos amplos da saúde mental, como sensação de conexão e significado na vida — aspectos frequentemente negligenciados pelos tratamentos convencionais.

O Dr. Lucas Cury destaca que “essa modalidade de tratamento une mecanismos neurobiológicos e psicossociais com menor risco de iatrogenia e danos futuros ao DNA, além de ser menos custosa para os serviços públicos, reduzindo a carga medicamentosa e promovendo o retorno social e laboral dos pacientes”. Ele também ressalta a importância clínica dessa pesquisa para informar práticas de prescrição e orientar o desenvolvimento de tratamentos mais seguros, especialmente para quem necessita de terapia a longo prazo.

Apesar dos avanços, ainda há lacunas no conhecimento sobre o potencial mutagênico e genotóxico dos antidepressivos, o que reforça a necessidade de novas pesquisas e alternativas terapêuticas que minimizem riscos à saúde genética dos pacientes.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas por assessoria de imprensa, trazendo um olhar atualizado sobre os desafios e inovações no tratamento da depressão.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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