Tratamento contra câncer pode causar infertilidade masculina; saiba como preservar a paternidade
Quimioterapia, radioterapia e cirurgia podem afetar a fertilidade; técnica de congelamento de sêmen é solução eficaz
O diagnóstico de câncer é um momento delicado, que traz não só desafios físicos, mas também emocionais. Entre os impactos pouco discutidos está a infertilidade masculina causada por tratamentos oncológicos, como quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 71 mil homens no Brasil devem ser diagnosticados com câncer de próstata ainda este ano, o que torna urgente a conscientização sobre os efeitos desses tratamentos na fertilidade.
De acordo com o Dr. Maurício Chehin, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington, a quimioterapia pode danificar o DNA e a estrutura celular dos testículos, reduzindo significativamente a quantidade e qualidade dos espermatozoides. “Em alguns casos, pode ocorrer ausência temporária ou permanente de espermatozoides, dependendo do tipo e da dosagem da quimioterapia”, explica. Já a radioterapia, quando aplicada na região pélvica, pode afetar diretamente os tecidos responsáveis pela produção dos espermatozoides, com efeitos variando conforme a dose e localização da radiação.
Além disso, pacientes com câncer de próstata podem precisar passar por prostatectomia radical, cirurgia que remove completamente a próstata e as vesículas seminais. Esse procedimento interrompe a ligação entre os testículos e a uretra, tornando o homem infértil. Muitas vezes, os pacientes só descobrem esses riscos após o início do tratamento, quando já não há mais possibilidade de preservar a fertilidade.
Para evitar essa situação, o especialista destaca a importância da criopreservação do sêmen antes do início do tratamento. Essa técnica consiste no congelamento e armazenamento dos espermatozoides, mantendo sua viabilidade por longos períodos. “A criopreservação é utilizada para preservar a fertilidade masculina, garantindo a possibilidade de concepção futura”, afirma o Dr. Maurício. Posteriormente, o sêmen congelado pode ser utilizado em procedimentos como inseminação artificial ou fertilização in vitro, possibilitando a formação de uma família mesmo após o tratamento oncológico.
O impacto emocional do diagnóstico e do risco de infertilidade também merece atenção. Dr. Maurício reforça que “os pacientes devem ser informados pelos oncologistas sobre a possibilidade de criopreservação antes do início do tratamento de câncer. Assim, eles têm a oportunidade de preservar a fertilidade e planejar um futuro familiar”.
Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa da Huntington Medicina Reprodutiva, referência em tratamentos de reprodução assistida no Brasil. A informação é essencial para que homens diagnosticados com câncer possam tomar decisões conscientes e preservar a chance de exercer a paternidade no futuro.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



