Intoxicação alimentar cresce no Brasil em 2025: mais de 64 mil atendimentos registrados
Aumento alarmante de casos alerta para cuidados na manipulação e consumo de alimentos no país
O Brasil enfrenta um aumento preocupante nos casos de intoxicação alimentar em 2025. De acordo com dados da assessoria de imprensa, entre janeiro e agosto deste ano, já foram registrados mais de 64 mil atendimentos hospitalares relacionados à ingestão de alimentos contaminados. Esse número representa 56,6% do total de casos registrados em todo o ano de 2024, evidenciando uma escalada significativa do problema.
A especialista em segurança dos alimentos, Paula Eloize, destaca que esse cenário é um alerta para as condições de preparo, armazenamento e comercialização dos alimentos no país. “Os números mostram que a população está adoecendo por motivos que poderiam ser evitados. Falta cuidado, falta informação e falta vigilância no ponto certo”, afirma.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que globalmente 600 milhões de pessoas são afetadas por doenças transmitidas por alimentos contaminados a cada ano, resultando em cerca de 420 mil mortes. No Brasil, o problema é ainda mais grave devido à subnotificação, já que muitos casos não chegam ao sistema de saúde por causa da semelhança dos sintomas com outras doenças e pela prática frequente da automedicação.
O farmacologista Lucas Ferreira Alves alerta para a importância de reconhecer os sintomas, que podem surgir entre 30 minutos e 72 horas após o consumo do alimento contaminado. Febre, vômitos, diarreia e dores abdominais são sinais que indicam a necessidade de buscar atendimento médico imediato.
Um estudo recente realizado pela Universidade Vila Velha (UVV) em parceria com a Ohio State University, publicado no PLOS ONE em 2024, identificou hábitos que aumentam o risco de contaminação alimentar, como armazenamento inadequado de hortaliças, uso da mesma tábua para alimentos crus e prontos, higienização incompleta das folhas e falta de controle de temperatura no preparo de carnes. Paula Eloize explica que esses fatores contribuem para o aumento dos casos: “Uma comida mal armazenada, um salgado comprado às pressas, uma planta não identificada, um restaurante sem boas práticas. Tudo isso se soma e cria o cenário que vemos hoje.”
Para se proteger, a especialista recomenda cuidados simples, porém essenciais: observar a limpeza do local antes de comprar ou consumir alimentos; evitar folhas verdes sem procedência conhecida; não consumir alimentos com odor alterado ou embalagem estufada; higienizar frutas e verduras com solução clorada; manter carnes refrigeradas e nunca recongelar alimentos descongelados. Além disso, é importante denunciar irregularidades à vigilância sanitária ou ao Procon.
“Intoxicação alimentar não é azar. É consequência direta de práticas inseguras. A prevenção depende de todos: poder público, empresas e consumidores”, conclui Paula Eloize.
Com a atenção redobrada e a adoção de boas práticas, é possível reduzir os riscos e garantir mais saúde e qualidade de vida para toda a população.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



