Saúde do homem: por que o cuidado deve ir além do Novembro Azul

Especialista destaca a importância da prevenção contínua para evitar doenças e garantir qualidade de vida

Com o fim da campanha Novembro Azul, que destaca a saúde masculina, cresce o risco de que o tema seja deixado de lado até o próximo ano. No entanto, o urologista e uro-oncologista Luís César Zaccaro alerta que a atenção à saúde do homem deve ser constante, e não limitada a um único mês. Segundo ele, “cuidar da saúde é um ato de responsabilidade pessoal e com quem está ao nosso lado. Não podemos limitar essa reflexão a um único mês”.

Dados recentes da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelam que 46% dos homens acima de 40 anos só buscam atendimento médico quando apresentam sintomas, percentual que sobe para 58% entre os usuários do SUS. Além disso, apenas 32% dos entrevistados se consideram muito preocupados com a própria saúde, mesmo que metade admita sentir medo ou ansiedade ao pensar sobre isso. Esses números ajudam a explicar o alto índice de diagnósticos tardios, que dificultam tratamentos eficazes.

O câncer de próstata é a principal preocupação entre os homens, citado por 58% dos entrevistados, seguido pela impotência sexual (37%). Apesar do medo, muitos ainda não realizam exames preventivos essenciais, como o PSA e o toque retal. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que no Brasil há um novo diagnóstico de câncer de próstata a cada oito minutos e uma morte a cada 40 minutos, evidenciando a gravidade do problema.

Zaccaro destaca que o câncer de próstata costuma ser silencioso nas fases iniciais, o que faz com que a ausência de sintomas não seja sinônimo de saúde. Ele também aponta que fatores culturais e emocionais, como vergonha do exame, medo do diagnóstico e falta de prioridade ao autocuidado, afastam os homens das rotinas preventivas. “A mulher cresce em contato com o ambiente de cuidado, indo ao médico desde a infância. O homem não. Quando chega à idade adulta, ele já está mais distante dessa relação. A educação em saúde precisa começar mais cedo e ser mantida ao longo da vida”, observa o especialista.

Para manter a saúde em dia, pequenas mudanças de comportamento são fundamentais: praticar atividades físicas, manter uma alimentação equilibrada, controlar o peso, evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool, dormir bem e realizar consultas médicas periódicas. Homens acima de 45 anos, ou a partir dos 40 anos para grupos de risco, como pessoas negras ou com histórico familiar, devem manter acompanhamento regular com o urologista.

Embora os avanços tecnológicos no tratamento do câncer de próstata sejam significativos, como cirurgia robótica e vigilância ativa, Zaccaro reforça que “nenhuma tecnologia substitui o impacto de um diagnóstico precoce”. A prevenção, portanto, não é apenas evitar doenças, mas garantir qualidade de vida, autonomia e futuro.

O desafio, segundo o urologista, é manter a discussão sobre a saúde masculina viva durante todo o ano, envolvendo famílias, ambientes de trabalho, escolas e comunidades. A mudança cultural será essencial para reduzir as estatísticas que mostram que os homens estão entre os grupos que menos se cuidam. “Cuidar da saúde é um ato de responsabilidade pessoal e com quem está ao nosso lado. Não podemos limitar essa reflexão a um único mês”, conclui.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa, reforçando a importância da prevenção e do cuidado contínuo para a saúde masculina.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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