Quem cuida de quem cuida? A importância da saúde emocional dos cuidadores familiares

No Mês Nacional dos Cuidadores Familiares, entenda os desafios emocionais e as estratégias para o autocuidado desses heróis do dia a dia.

No Brasil, milhões de pessoas assumem diariamente o papel de cuidar de familiares em situação de dependência, seja por idade, doença ou deficiência. Esses cuidadores familiares, muitas vezes sem formação específica ou apoio formal, enfrentam uma rotina de intensa dedicação física e emocional. Em novembro, mês dedicado à valorização dos cuidadores familiares, o foco está na saúde mental de quem dedica sua vida ao bem-estar do outro.

Segundo dados da assessoria de imprensa da ViV Saúde Mental e Emocional, cuidar é um gesto profundamente humano, mas pode se tornar extenuante quando não há equilíbrio entre o cuidado oferecido e o autocuidado. O psiquiatra Guilherme Góis explica que “o cuidador tende a colocar as necessidades do outro sempre em primeiro lugar. Com o tempo, isso pode gerar sobrecarga emocional, cansaço extremo, isolamento social e sintomas de ansiedade ou depressão”.

Essa sobrecarga emocional não é incomum. Um estudo publicado em 2023 na Revista Enfermagem UERJ identificou que 69,6% dos cuidadores de idosos apresentavam sobrecarga emocional, e 41,1% exibiam sintomas sugestivos de depressão. Em âmbito global, pesquisas indicam que mais de 40% dos cuidadores de pacientes com câncer e cerca de 50% dos cuidadores de pessoas com demência manifestam sintomas de ansiedade, depressão ou estresse elevado.

Os sinais de que um cuidador pode estar sobrecarregado são variados: irritabilidade constante, dificuldades para dormir, sentimento de culpa por desejar descanso, queda no desempenho profissional e até sintomas físicos como dores de cabeça e tensão muscular. O especialista reforça que “esses sinais precisam ser reconhecidos precocemente. O cuidador precisa entender que também é alguém que merece cuidado e atenção”.

Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 8 milhões de brasileiros atuam como cuidadores informais, sendo a maioria mulheres entre 40 e 60 anos. Mais de 70% relatam não ter tempo para si mesmas, o que eleva o risco de adoecimento emocional e físico. Durante a pandemia de Covid-19, esse grupo foi ainda mais vulnerável ao estresse crônico, devido ao isolamento e à escassez de redes de apoio.

Para enfrentar essa realidade, o autocuidado e o apoio psicológico são fundamentais. O Dr. Góis destaca que pequenas atitudes, como reservar momentos diários para descanso, manter contato com amigos e familiares e dividir responsabilidades, podem fazer grande diferença. “É importante que o cuidador não se sinta culpado por precisar de tempo para si. Esse tempo é essencial para que ele consiga continuar cuidando com qualidade”, afirma.

Além disso, a busca por suporte profissional é essencial para ajudar o cuidador a compreender suas emoções, reorganizar prioridades e lidar com a culpa e a exaustão. “Muitos só procuram ajuda quando já estão em sofrimento intenso, mas quanto antes o suporte for buscado, maiores as chances de evitar um quadro depressivo ou ansioso”, ressalta o especialista.

Cuidar de quem cuida é uma responsabilidade coletiva. O psiquiatra lembra que “quando o cuidador adoece, toda a rede de cuidado se fragiliza”. Por isso, é fundamental que familiares, profissionais de saúde e políticas públicas reconheçam essa realidade e criem mecanismos de apoio emocional e social para esses profissionais dedicados.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da ViV Saúde Mental e Emocional, reforçando a importância de valorizar e cuidar da saúde emocional dos cuidadores familiares, verdadeiros pilares do cuidado e do amor no dia a dia.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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