Manejo humanizado de gatos comunitários: estudo do CEUB aponta soluções eficazes para áreas urbanas

Pesquisa revela estratégias seguras para controlar populações felinas em condomínios, promovendo saúde e convivência harmoniosa

A superpopulação de gatos comunitários em áreas urbanas brasileiras é um desafio crescente que impacta a saúde pública, o meio ambiente e a convivência social. Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que entre 2 e 7 milhões de felinos vivem em situação de rua no país, e a reprodução descontrolada contribui para o aumento acelerado dessa população. No Distrito Federal, condomínios horizontais enfrentam diariamente a presença de gatos ferais e comunitários circulando livremente, o que motivou uma pesquisa realizada por estudantes de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB).

O estudo, orientado pela professora Francislete Melo, investigou a presença desses felinos em condomínios do DF, como Villages Alvorada e Ouro Vermelho II, e analisou práticas eficientes para o manejo populacional. A pesquisa reforça a importância do conceito de Saúde Única, que integra saúde humana, animal e ambiental, destacando que “não existe saúde plena se qualquer uma dessas dimensões está desequilibrada”. Para a orientadora, “o gato comunitário faz parte do ecossistema urbano e precisa ser manejado de forma ética e responsável”.

A metodologia adotada foi a Captura, Castração e Soltura (CCS), que apresentou resultados positivos em ambos os condomínios. Após a castração, os gatos retornaram ao território, o que ajudou a reduzir o estresse, estabilizar a população e diminuir comportamentos agressivos. Os estudantes relatam que “com menos disputa por alimento e sem reprodução descontrolada, os gatos passaram a ter melhores condições de saúde”. Além disso, moradores notaram uma queda significativa em ruídos, brigas e marcação de território, favorecendo uma convivência mais tranquila.

O engajamento da comunidade foi fundamental para o sucesso do manejo. Inicialmente, as ações foram realizadas por voluntários, que custearam e executaram todo o processo, desde a captura até o pós-operatório. Com os primeiros resultados, os próprios condomínios passaram a investir financeiramente e contratar equipes especializadas, ampliando a segurança e o alcance do manejo. A cautela na divulgação das ações, especialmente no Ouro Vermelho II, foi uma estratégia para proteger o trabalho e evitar interpretações equivocadas, garantindo que a iniciativa fosse reconhecida como ética e ambientalmente responsável.

Os pesquisadores destacam que o manejo de gatos comunitários requer sensibilidade, técnica e participação social. Para a docente do CEUB, a continuidade dessas ações depende de políticas públicas permanentes de castração, educação ambiental e promoção da guarda responsável. “Controlar populações de gatos comunitários é, ao mesmo tempo, proteger os animais, as pessoas e o ambiente. A experiência mostra que o manejo só se sustenta quando poder público, profissionais de saúde e comunidade atuam de forma integrada”, conclui Francislete Melo.

Este estudo, com dados fornecidos pela assessoria de imprensa, reforça a importância de um manejo humanizado e colaborativo para garantir o equilíbrio entre saúde, bem-estar animal e qualidade de vida nas cidades.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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