Diabetes de início recente pode ser sinal precoce do câncer de pâncreas, revela estudo
Entenda como alterações metabólicas ajudam na detecção antecipada de um dos cânceres mais letais
O câncer de pâncreas é conhecido por sua alta letalidade, principalmente por ser silencioso e difícil de diagnosticar precocemente. No Brasil, ele representa cerca de 1% dos casos de câncer, mas é responsável por aproximadamente 5% das mortes pela doença. Isso ocorre porque, em cerca de 80% dos pacientes, o diagnóstico acontece em estágios avançados, quando as chances de cura são muito reduzidas.
No entanto, uma nova evidência clínica traz esperança para mudar esse cenário. Pesquisas recentes indicam que o diabetes de início recente — diagnosticado nos últimos 6 a 36 meses — pode funcionar como um marcador importante para a detecção precoce do câncer pancreático. Essa correlação metabólica tem sido destacada em estudos publicados na Clinical Gastroenterology and Hepatology, que mostram que até 80% dos pacientes com câncer de pâncreas apresentam alterações na glicemia, e cerca de 25% desenvolvem diabetes recente antes do diagnóstico do tumor.
Segundo o Dr. Felipe Coimbra, líder do Centro de Referência de Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C.Camargo Cancer Center, “o câncer e o diabetes têm vários fatores de risco em comum, como obesidade, tabagismo, envelhecimento, sedentarismo e alimentação não saudável”. Ele explica que o pâncreas, responsável pela produção de insulina, pode ter seu funcionamento alterado pelo tumor, levando à redução da insulina e ao surgimento do diabetes. “Por isso, alguns pacientes já chegam com diabetes ou pioram um quadro anterior, mesmo sem saber do diagnóstico do tumor.”
Esse sinal de alerta é especialmente importante para pessoas acima dos 50 anos. Quando o diabetes surge de forma abrupta, sem causa aparente, e está associado à perda de peso não explicada ou à ausência dos fatores clássicos de risco, o risco de câncer pancreático pode aumentar de 6 a 8 vezes. Embora ter diabetes não signifique que a pessoa terá câncer de pâncreas, reconhecer essa relação permite antecipar investigações e aumentar as chances de diagnóstico em fases mais tratáveis.
Os dados do Observatório do Câncer do A.C.Camargo Cancer Center reforçam a importância do diagnóstico precoce: a taxa de sobrevida pode chegar a 49,1% quando o câncer é detectado no estágio I, caindo para 24,1% no estágio II, 5,2% no estágio III e apenas 2,8% no estágio IV. O Dr. Felipe Coimbra destaca que o A.C.Camargo oferece um atendimento multidisciplinar de excelência, integrando diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa, com terapias personalizadas para cada paciente.
Este avanço na compreensão da relação entre diabetes e câncer de pâncreas representa um passo importante para a saúde feminina e masculina, pois pode transformar o prognóstico de uma doença que até então era quase sempre fatal. Ficar atenta a mudanças metabólicas recentes e buscar avaliação médica adequada pode fazer toda a diferença na prevenção e no tratamento.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do A.C.Camargo Cancer Center.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



