Black Friday como Palco de Experiências: A Nova Era do Branding nas Vendas
Como transformar a data em uma oportunidade para conectar, emocionar e fortalecer a identidade das marcas além dos descontos
A Black Friday está deixando de ser só uma corrida por preço e ganhando força como um momento de branding, no qual consumidores esperam experiências, conexão e propósito, não apenas ofertas.
Com o público mais maduro e os descontos cada vez mais saturados, a data vem abrindo espaço para ativações criativas, conteúdos especiais, drops limitados, ações culturais e iniciativas de impacto social — movimentos que fortalecem reputação e criam lembranças que vão muito além da compra imediata.
A Black Friday ainda é, sem dúvida, uma das datas mais fortes do varejo. Mas, conforme o comportamento do consumidor evolui, cresce também uma nova expectativa para o período. Hoje, o público não busca somente o menor preço, ele quer experiências que conectem, emocionem e expressem a identidade das marcas. A data, antes centrada em performance, passa a ser vista como uma oportunidade de fortalecer o branding e criar vínculos duradouros.
“Em vez de disputar quem oferece o cupom mais agressivo, as empresas podem começar a perceber que o que realmente diferencia uma marca é a capacidade de transformar o momento de compra em participação. O consumidor quer mais do que economizar, ele quer se sentir parte da história da marca, de uma comunidade, de algo maior do que uma transação”, afirma Ramon Prado, sócio e CEO da HUSTLERS.BR, agência especializada em live marketing e estratégia digital.
A Black Friday, defende o executivo, pode ser palco de experiências físicas, digitais ou híbridas, como ativações no ponto de venda, ações imersivas, drops limitados, conteúdos exclusivos para comunidades, gamificação, personalização de jornada, campanhas que destaquem a cultura da empresa ou até iniciativas de impacto social. Quando bem executadas, essas experiências reforçam o valor da marca muito além da conversão imediata.
O movimento é reforçado pela saturação das estratégias tradicionais e pelo amadurecimento de um consumidor que valoriza autenticidade e memória afetiva. Em meio a uma avalanche de ofertas que prometem “o melhor preço do ano”, o que realmente se destaca são ações capazes de transmitir valores reais.
Por isso, para Ramon, o ideal é que a data seja mais sobre a marca (brand) e menos sobre venda pela venda. “Quando a Black Friday é pensada também como Brand Friday, ela vira uma narrativa a ser contada. Um momento em que as empresas se humanizam, mostram propósito e criam conversas que continuam mesmo depois que o carrinho fecha”, finaliza Ramon.
Por Ramon Prado
Sócio e CEO da HUSTLERS.BR, agência especializada em live marketing e estratégia digital, com mais de 20 anos de experiência em comunicação e marketing.
Artigo de opinião



