COP30 encerra com aprovação do Pacote de Belém por 195 países e avanços climáticos
Conferência em Belém destaca compromisso global com ações climáticas, transição justa e financiamento da adaptação
A COP30, realizada em Belém (PA), foi encerrada no dia 22 de novembro com a aprovação unânime do Pacote de Belém por 195 países, consolidando avanços importantes na luta contra a mudança climática. Após 13 dias intensos de negociações, o consenso alcançado reforça o compromisso global com a ação acelerada e a conexão do regime climático à vida das pessoas. As informações são da assessoria de imprensa da Presidência da República.
Entre as 29 decisões aprovadas, destacam-se temas como transição justa, financiamento da adaptação, comércio, gênero e tecnologia. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, ressaltou que o encerramento da conferência marca o início de uma década de mudanças, com o espírito de cooperação e persistência que deve permanecer em todos os setores da sociedade.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi ovacionada na plenária final e destacou os avanços obtidos, mesmo sem consenso global para o Mapa do Caminho da transição energética para um mundo sem combustíveis fósseis. Ela ressaltou o reconhecimento do papel dos povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes, além do lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, um mecanismo inovador que valoriza a conservação das florestas tropicais.
Outro ponto relevante foi a apresentação de novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) por 122 países, com compromissos para redução de emissões até 2035. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacaram vitórias significativas, como a reafirmação do multilateralismo climático, o triplo aumento dos recursos para adaptação e o apoio aos países em transição justa.
O Pacote de Belém também inclui o compromisso de triplicar o financiamento da adaptação até 2035, com ênfase no aumento dos recursos para países em desenvolvimento. Foram finalizados 59 indicadores voluntários para monitorar o progresso da Meta Global de Adaptação, abrangendo setores como água, saúde, ecossistemas e infraestrutura.
A conferência aprovou ainda um Plano de Ação de Gênero, que amplia o apoio e financiamento sensíveis ao gênero, promovendo a liderança de mulheres indígenas, afrodescendentes e rurais. Além disso, a Decisão Mutirão reforça a determinação em aumentar a ambição coletiva, com iniciativas como o Acelerador Global de Implementação e a Missão Belém para 1,5 °C, que visam acelerar a implementação dos compromissos climáticos.
A COP30 também foi marcada pela participação recorde de povos indígenas e comunidades tradicionais, além do lançamento de iniciativas de impacto, como a FINI, que busca desbloquear US$ 1 trilhão em projetos de adaptação, e o Plano de Ação de Saúde de Belém, que eleva a saúde como prioridade climática.
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre, lançado pelo Brasil, representa um novo modelo de financiamento climático, recompensando financeiramente países que conservam suas florestas tropicais. Com mais de US$ 6,7 bilhões mobilizados, o fundo cria uma economia baseada na conservação, promovendo desenvolvimento social e econômico sustentável.
Por fim, a presidência brasileira reafirmou o compromisso de levar o impulso da COP30 para futuras edições, com foco na implementação real dos acordos e na cooperação global. A próxima COP será realizada na Austrália, dando continuidade à jornada para enfrentar a crise climática com coragem e persistência.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



