Por que os homens vivem menos? A importância da consulta médica para a saúde masculina

Mesmo com avanços tecnológicos, homens brasileiros vivem menos por evitarem cuidados preventivos

Dados recentes da assessoria de imprensa revelam uma realidade preocupante: os homens brasileiros continuam vivendo menos do que as mulheres, apesar dos avanços tecnológicos na medicina. Segundo o IBGE, enquanto as mulheres vivem em média 79,7 anos, os homens vivem apenas 73,1 anos. Essa diferença não se explica pela falta de recursos, mas sim pelo hábito masculino de evitar consultas médicas e cuidados preventivos.

A mortalidade masculina entre 20 e 24 anos é 4,1 vezes maior do que a feminina, e isso não se deve apenas à violência. Doenças como cardiovasculares, cânceres e infecções atingem os homens mais cedo e com maior gravidade. Um estudo do Instituto Lado a Lado Pela Vida mostra que 62% dos brasileiros só procuram o médico quando os sintomas já estão insuportáveis, evidenciando a busca tardia por atendimento.

Além disso, uma pesquisa da Ipsos para a MSD e a Sociedade Brasileira de Urologia aponta que, embora muitos homens se preocupem com a saúde, 64% desconhecem que o HPV pode causar câncer, revelando lacunas de informação e tabus que dificultam a prevenção. Por isso, especialistas defendem que campanhas como o Novembro Azul devem ir além do câncer de próstata e incentivar cuidados contínuos desde a infância.

Na infância e adolescência, vacinas essenciais como HPV, hepatites, meningocócicas e influenza, além de exames laboratoriais e testes genéticos, são fundamentais para acompanhar o desenvolvimento e prevenir doenças futuras. O patologista clínico Dr. Sandro Melim destaca que “a prevenção do homem começa na infância — com vacina, exame, acompanhamento do desenvolvimento e diálogo”.

Na vida adulta, o acompanhamento preventivo é ainda mais importante, principalmente para a saúde do coração. O cardiologista Dr. Carlos Eduardo Suaide alerta que “a maioria dos eventos cardíacos em homens ocorre sem aviso prévio — mas não sem sinais prévios”, como pressão arterial alta e colesterol desregulado, que podem ser detectados em exames de rotina.

Para homens acima dos 40 anos, os check-ups incluem avaliação de colesterol, glicemia, hormônios, PSA e eletrocardiograma, além do toque retal quando indicado. A partir dos 45 anos, a atenção ao câncer de próstata deve aumentar, pois é o tumor mais comum entre os homens no Brasil, com 72 mil novos casos anuais, segundo o INCA. A detecção precoce é crucial para o tratamento eficaz.

A genética também tem papel importante na prevenção. Exames que identificam variantes hereditárias de risco para câncer de próstata e outros tumores permitem um cuidado personalizado e antecipado. O oncogeneticista Henrique Galvão ressalta que “a genética nos permite identificar variantes que aumentam o risco de câncer de próstata e outros tumores hereditários muito antes do aparecimento dos primeiros sintomas”.

Por fim, a infectologista Rosana Richtmann reforça que “vacina é cuidado masculino”, destacando a importância da imunização contra HPV, herpes-zóster, tétano e gripe para evitar doenças evitáveis em adultos. O Brasil dispõe de tecnologia avançada, mas o maior desafio continua sendo o hábito masculino de buscar atendimento médico preventivo.

Em resumo, a saúde do homem é construída diariamente, desde a infância até a maturidade, e viver mais depende de consultar, acompanhar, prevenir e agir antes dos sintomas. A tecnologia está disponível; o que falta é o passo mais básico: a ida ao consultório.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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