Handebol no Sul lidera projetos incentivados pela Lei de Incentivo ao Esporte
Paraná e Santa Catarina se destacam em apoio privado, enquanto São Paulo concentra bolsas para atletas de elite
Um levantamento recente do Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná (IPIE/UFPR) revela que os estados do Paraná e Santa Catarina lideram o número de projetos de handebol beneficiados pela Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) entre 2010 e 2024. Juntos, esses dois estados da região Sul somam 379 projetos aprovados, com Santa Catarina contabilizando 190 projetos e R$ 2,7 milhões em recursos, e o Paraná com 189 projetos e R$ 3,1 milhões. Em contraste, São Paulo registra apenas 58 projetos, apesar de ser o maior centro de excelência para atletas bolsistas.
O estudo mostra que, no período de 15 anos, a LIE mobilizou mais de R$ 21,7 milhões para 521 projetos de handebol em todo o país, com a maior parte dos recursos destinada a clubes e associações esportivas. Entidades como a Associação Maringaense de Handebol e a Associação Desportiva Itajaiense se destacam na captação de recursos, impulsionadas por grandes patrocinadores privados. Um exemplo é a Vale S.A., que destinou aproximadamente R$ 7,5 milhões para projetos da modalidade.
Além da LIE, o handebol brasileiro conta com outros programas públicos de incentivo, como a Lei das Loterias (Agnelo Piva) e o Programa Bolsa Atleta. No total, a modalidade recebeu cerca de R$ 166 milhões em financiamentos públicos, sendo que o Bolsa Atleta é o principal pilar para a manutenção individual das atletas, com um aporte superior a R$ 74,5 milhões voltado ao alto rendimento.
O Programa Bolsa Atleta concentra 44% dos bolsistas no estado de São Paulo, que recebeu R$ 32 milhões em recursos, evidenciando uma dicotomia geográfica: enquanto o Sul lidera em projetos via LIE, São Paulo domina em bolsas para atletas de elite. Para o grupo que disputará o Campeonato Mundial de Handebol Feminino, que acontece entre 27 de novembro e 14 de dezembro na Alemanha e Holanda, foram concedidas 135 bolsas ao longo das carreiras dessas atletas, totalizando um investimento de R$ 3,37 milhões entre 2005 e 2025.
Esse investimento consistente tem contribuído para a formação de atletas de alto nível, com bolsas que variam entre categorias olímpicas e de alto rendimento. O crescimento do investimento na seleção brasileira, que passou de R$ 11,1 mil em 2010 para R$ 552 mil previstos para 2025, demonstra a valorização da modalidade e o esforço para manter uma equipe competitiva em nível mundial.
Esses dados, fornecidos pela assessoria de imprensa, refletem a importância das políticas públicas e do apoio privado para o desenvolvimento do handebol no Brasil, destacando o papel fundamental da região Sul na estruturação dos clubes e da iniciativa privada no fomento ao esporte. A preparação para o Mundial de Handebol Feminino é um exemplo claro do resultado dessa engenharia financeira e do compromisso com o esporte feminino de alta performance.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



