Fusões e aquisições no setor de consumo recuam 10% em 2025, aponta KPMG

Setores de hotéis e higiene se destacam enquanto shoppings e vestuário enfrentam queda nas operações

De acordo com dados recentes divulgados pela KPMG, as fusões e aquisições no setor de consumo apresentaram uma queda de 10% nos primeiros nove meses de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Foram realizadas 94 operações entre janeiro e setembro deste ano, contra 105 no mesmo intervalo de 2024. A análise foi feita pela KPMG com base em 43 áreas da economia, incluindo oito setores do consumo.

Entre os segmentos que tiveram desempenho positivo, destacam-se hotéis e restaurantes, que registraram um aumento expressivo de 44%, totalizando 13 operações. O setor de higiene também cresceu 20%, com seis transações, e alimentos, bebidas e fumo apresentaram leve alta de 2,7%, com 38 operações. Por outro lado, setores como shoppings centers sofreram uma queda drástica de 90%, com apenas uma transação, enquanto embalagens caíram 50%, vestuário e calçados 33%, lojas de varejo 20% e supermercados 5,26%.

No que diz respeito ao tipo de operação, das 94 transações realizadas, 66 foram domésticas, ou seja, entre empresas brasileiras. O restante envolveu diferentes combinações de capital estrangeiro e nacional, classificadas como CB1, CB2, CB4 e CB5, conforme a origem e destino do capital.

Rodrigo Guedes, sócio da KPMG, comenta que “as empresas continuam cautelosas, principalmente, pelo juro real elevado. A queda de 10% no número de operações do setor de consumo e varejo não é significativa e o setor segue representando 8% a 9% do mercado total no acumulado de nove meses. Podemos dar destaque para as operações realizadas em hotéis e restaurantes, que registraram um aumento considerável”.

No panorama geral do Brasil, o terceiro trimestre de 2025 foi o melhor do ano para fusões e aquisições, com 425 operações, das quais 203 envolveram fundos de private equity e venture capital. No acumulado do ano, o total de transações no país foi de 1.164, uma leve queda de 2,6% em relação a 2024. Já os negócios com participação desses fundos cresceram mais de 13%, passando de 497 para 566.

Paulo Guilherme Coimbra, também sócio da KPMG, destaca que “a queda no número de fusões foi pequena e podemos considerar um cenário estável. Isso se deve ao contexto macroeconômico brasileiro que não está favorável, principalmente, relacionado à parte fiscal, assim como as taxas de juros brasileiras e mundiais. Por isso, não houve uma recuperação significativa em relação ao ano passado, apesar de o ticket médio por transação estar crescendo. Por outro lado, aumentou a participação de fundos de investimentos no total de operações concretizadas”.

Esses dados refletem um mercado que, apesar dos desafios econômicos e das taxas de juros elevadas, mantém certa estabilidade, com setores específicos mostrando resiliência e oportunidades de crescimento. A análise detalhada da KPMG oferece um panorama importante para investidores e empresas que atuam no consumo, auxiliando na tomada de decisões estratégicas para os próximos meses.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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