Fotobiomodulação e lipedema: avanços promissores no tratamento da doença
Estudo pioneiro mostra efeitos rápidos da terapia com luz vermelha e infravermelha no tecido afetado pelo lipedema
A fotobiomodulação, também conhecida como PBMT, é uma terapia que utiliza luz vermelha e infravermelha de baixa intensidade para estimular as células do corpo sem causar aquecimento ou danos. Essa técnica segura e não invasiva tem sido empregada em diversas áreas da saúde para reduzir inflamação, modular a dor e acelerar o reparo dos tecidos. Recentemente, um estudo pioneiro trouxe à tona seu impacto direto no tratamento do lipedema, uma doença que afeta cerca de 10 milhões de mulheres no Brasil.
Conduzida por uma equipe internacional, com participação do Instituto Lipedema Brasil, a pesquisa analisou os efeitos da fotobiomodulação no tecido adiposo de pacientes com lipedema grau IV. A aplicação da luz foi feita minutos antes de cirurgias já indicadas, e as amostras retiradas foram examinadas microscopicamente entre três e quatro horas após o procedimento. Os resultados revelaram mudanças celulares e metabólicas significativas, abrindo caminho para novos protocolos no manejo da doença.
Entre as principais descobertas, o estudo identificou que as células de gordura tratadas com a luz ficaram menores, o que é relevante, já que no lipedema essas células costumam ser maiores que o normal. Além disso, houve aumento da caspase-3, um indicador de que as células iniciaram um processo natural de eliminação. Outros sinais importantes foram o aumento de macrófagos (células de defesa), indicando reparo tecidual, e a elevação de COX-2, que sinaliza uma resposta inflamatória controlada, parte essencial da recuperação. Também foi observado aumento do marcador CYP1A1, ligado ao metabolismo de hormônios e gorduras, sugerindo influência da luz nas vias metabólicas do tecido.
Esses achados reforçam que a fotobiomodulação pode agir rapidamente sobre processos celulares envolvidos no lipedema, embora ainda sejam preliminares. Conforme explica o Dr. Fábio Kamamoto, diretor do Instituto Lipedema Brasil, “pela primeira vez conseguimos observar, no microscópio, como o tecido responde à fotobiomodulação em poucas horas. Ver redução de adipócitos, ativação metabólica e remodelamento celular tão rapidamente é muito promissor. Esses achados não significam uma cura, mas reforçam que a PBMT pode se tornar uma aliada nos tratamentos clínicos conservadores, especialmente para melhorar a qualidade de vida das pacientes.”
Além do estudo, o protagonismo brasileiro na pesquisa sobre lipedema foi evidenciado no II Lipedema World Congress 2025, realizado em Roma, onde mais de 15 trabalhos do Instituto Lipedema Brasil foram aceitos, abrangendo desde protocolos cirúrgicos até análises funcionais e investigação de complicações.
A fotobiomodulação surge, assim, como uma terapia inovadora que pode complementar o tratamento do lipedema, trazendo esperança para milhões de mulheres que convivem com essa condição. A divulgação desses avanços é fundamental para ampliar o conhecimento e o acesso a tratamentos eficazes, promovendo saúde e bem-estar.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Instituto Lipedema Brasil.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



