Educação antirracista: 5 passos para valorizar a diversidade cultural desde a infância
Saiba como promover respeito, inclusão e combater o racismo com dicas práticas para crianças e jovens
A valorização da diversidade cultural e o combate ao racismo são temas fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Com base em dados da assessoria de imprensa, reunimos cinco dicas essenciais para promover uma educação antirracista desde a infância, envolvendo crianças, adolescentes e jovens no respeito às diferenças e no reconhecimento das contribuições das culturas indígenas e negras para o Brasil.
Desde 2023, o Brasil conta com a Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS), que tem como meta implementar o ODS 18 – Igualdade Étnico-Racial até 2030. Essa iniciativa foi reforçada em 2024 durante a Assembleia Geral da ONU, demonstrando o compromisso do país em enfrentar o racismo estrutural e as desigualdades sociais que afetam principalmente os povos indígenas e a população negra.
A coordenadora da Qualidade Social da Educação do Marista Brasil, Raimunda Caldas, destaca que “o enfrentamento ao racismo é de responsabilidade de todos: estados, empresas e cidadãos, sejam eles brancos, indígenas, pardos e pretos”. Para ajudar famílias e educadores, seguem cinco orientações práticas:
1. Explique que o racismo é estrutural
“Ninguém nasce odiando a outra pessoa pela cor da sua pele, pela sua origem ou ainda pela sua religião. Assim como as pessoas aprendem a odiar, elas também podem ser ensinadas a amar. É preciso amar a todos igualmente”, explica o Ir. José Aderlan Brandão Nascimento, coordenador da União Marista do Brasil. É importante contar às crianças que o Brasil é formado por diversas etnias e promover diálogos sobre a escravidão e suas consequências.
2. Valorize as diferenças culturais
A cultura brasileira é resultado da mistura de povos africanos, indígenas, europeus e asiáticos. Visitar museus dedicados às culturas indígena e afro-brasileira pode ser uma forma de mostrar essa pluralidade e refletir sobre a importância de reconhecer essas raízes presentes na música, culinária e língua.
3. Reconheça a dívida histórica
O pedido de desculpas do Brasil pela escravidão em 2024 foi um gesto simbólico importante, mas, segundo Raimunda, “esse gesto precisa se traduzir na implementação efetiva de políticas públicas que enfrentem as desigualdades sociais entre brancos, negros e indígenas”.
4. Estimule leituras e reflexões críticas
Incentive o olhar crítico sobre a sociedade, questionando quem são os heróis representados em monumentos e nomes de ruas, e promovendo a leitura de obras com diversidade e representatividade, como “O Pequeno Príncipe Preto”, de Rodrigo França. Assistir a filmes e discutir notícias também ajuda a ampliar a compreensão sobre discriminação e inclusão.
5. Garanta diálogo entre família e escola
Uma pesquisa de 2023 revelou que 64% dos jovens entre 16 e 24 anos sofrem racismo no ambiente escolar. Por isso, a comunicação entre família e escola é essencial para criar um ambiente que valorize as diferenças como potenciais e não como obstáculos. Raimunda reforça que “as escolas têm um papel fundamental para assegurar a inclusão obrigatória de ações de educação antirracista e sobre as culturas e histórias dos povos indígenas e afrodescendentes nos currículos”.
Leis como a 10.639/2003 e a 11.645/2008 garantem o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena na educação básica, fortalecendo a luta contra o racismo no país.
Promover a educação antirracista é um compromisso coletivo que começa em casa e se estende para a escola e a sociedade, construindo um futuro mais inclusivo e respeitoso para todas as gerações.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



