Cosméticos Sustentáveis: A Nova Fronteira do Mercado de Beleza
Como a consciência ambiental e ética está transformando o varejo e criando oportunidades para empreendedores
Nos últimos anos, um número crescente de consumidores passou a observar com mais atenção os rótulos dos cosméticos que utiliza. Mais do que buscar beleza e desempenho, as pessoas querem entender o que há por trás das fórmulas, a origem dos ingredientes, o impacto ambiental, as práticas produtivas e a responsabilidade social das marcas. Essa mudança de mentalidade não apenas redefine o comportamento de compra, mas também cria um novo campo de oportunidades para empreendedores nesse setor.
Essa tendência está alinhada com dados da Grand View Research, que estimam que o mercado global de cosméticos veganos e cruelty-free alcançará crescimento anual de 6,3% até 2030, após ter sido avaliado em US$ 15,17 bilhões em 2021. O movimento reflete um consumidor mais consciente e disposto a investir em produtos que unem beleza, bem-estar e responsabilidade ambiental.
Para Kelly Nogueira, fundadora da Empreender Make, a mudança no comportamento do consumidor é o elemento essencial para o sucesso no setor atualmente: “Hoje o consumidor compra a história, o propósito e os valores da marca. Questões como a origem dos ingredientes, se a marca é cruelty-free e se a embalagem é ecológica, se tornaram requisitos básicos para uma parcela significativa do público”, afirma Kelly.
A especialista reforça que essa tendência é uma excelente notícia para quem atua com vendas diretas, modelo que permite uma relação mais próxima e consultiva com o cliente. Segundo ela, a inclusão de produtos sustentáveis pode gerar um ciclo de crescimento positivo: “Quando o vendedor mostra que se preocupa com o que oferece, o cliente percebe autenticidade. Isso cria confiança e faz com que a compra se repita, não por impulso, mas por identificação com os valores da marca”.
Lojistas e revendedores que apostam em produtos éticos ao incluir alternativas sustentáveis no portfólio agregam valor à própria imagem e se posicionam como consultores de beleza conscientes, capazes de orientar o consumidor sobre composição, benefícios e impacto ecológico. Essa postura educativa e empática cria uma experiência de compra mais completa, estreita vínculos e reforça a reputação no setor.
No Brasil, um dos países que mais consome cosméticos no mundo, essa transformação abre espaço para uma geração de empreendedores que busca unir propósito e rentabilidade, construindo conexões mais autênticas e humanas com o público.
Por Kelly Nogueira
Fundadora da Empreender Make, especialista no setor de cosméticos sustentáveis
Artigo de opinião



