serrote #51: ensaios inéditos de grandes nomes e novos talentos em arte e literatura

A revista do IMS estreia periodicidade semestral com textos de Cristina Peri Rossi, William Kentridge e vencedores do Concurso de Ensaísmo

A 51ª edição da revista serrote, publicação de ensaios do Instituto Moreira Salles (IMS), chega às livrarias em novembro de 2025 com uma proposta renovada e periodicidade semestral. Esta edição marca um diálogo mais estreito com o site da revista, que também foi atualizado, ampliando o acesso ao conteúdo. A capa traz a arte da ilustradora Catarina Bessell, enquanto a folha de rosto apresenta uma criação de Veridiana Scarpelli, que substitui a lâmina de patins de gelo por um serrote, reforçando a identidade visual da publicação.

Entre os destaques, o sul-africano William Kentridge compartilha “Aquilo que eu desenhei”, texto que aborda seu trabalho artístico, infância e processos criativos, tendo como eixo seu estúdio em Joanesburgo, onde nasceu e vive. A conferência integra uma série realizada na universidade britânica em 2023-2024, reunida no livro Uma história natural do estúdio, lançado em outubro de 2025. O ensaio é enriquecido pelos cadernos de desenho do artista, cuja obra já foi tema de uma grande exposição do IMS em 2012.

A edição também apresenta os vencedores da 8ª edição do Concurso de Ensaísmo serrote, revelando três autores em início de carreira. Ava Cruz, primeira colocada, propõe “rituais” para a criação de um arquivo travesti, a partir da memória da figura icônica Thais Diniz, mito travesti dos anos 1980 em São Paulo. O segundo lugar ficou com Tom Nóbrega Silva, que reflete sobre a experiência do deficiente auditivo em “Telefone sem fio”, enquanto Carolina Marcondes conquistou o terceiro lugar com “Com amor, Isilda”, ensaio que expõe a violência simbólica e concreta vivida por uma mulher vítima de feminicídio.

A uruguaia Cristina Peri Rossi, premiada com o Cervantes em 2021, participa com “Ano novo no Daniel’s”, texto que defende a importância da fantasia na sexualidade, baseado em episódio testemunhado num bar gay de Barcelona. A argentina María Negroni, presença na Flip 2025, traz “Entrevistas apócrifas”, pequenas entrevistas imaginárias com poetas como Emily Dickinson e Paul Valéry, parte do livro Colección permanente, que será lançado no Brasil.

Outros textos importantes incluem o ensaio da escritora norte-americana Claudia Durastanti, que discute o renascimento do fascismo na literatura, e “Pares possíveis e impossíveis”, de Italo Moriconi, que analisa a influência de Rubem Fonseca e Clarice Lispector na prosa brasileira contemporânea. Juliana Borges contribui com “Glossário antirracista”, enquanto Claudio Medeiros reflete sobre a memória negra e o jogo como espaço de liberdade.

A revista ainda publica “Outubro num trem”, da poeta russa Marina Tsvetáieva, ilustrado com cartazes soviéticos da vanguarda construtivista, e um ensaio visual da artista mineira Luana Vitra. Trabalhos de outros artistas como Montez Magno, Fernanda Gassen e Clara Andrada também enriquecem esta edição.

Com 224 páginas e preço sugerido de R$ 48,50, a serrote #51 é uma leitura essencial para quem acompanha o universo da literatura, arte e cultura contemporânea, trazendo vozes consagradas e emergentes em um diálogo plural e instigante. Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do IMS.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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