Desigualdades Raciais e Mortalidade Materna no Brasil: Um Chamado Urgente por Políticas Inclusivas
Como a interseccionalidade e os determinantes sociais ampliam os riscos para mulheres negras e pardas na saúde materna brasileira
O artigo “Racial Disparities and Maternal Mortality in Brazil: Findings from a National Database” traz à tona questões essenciais sobre as desigualdades raciais e sua relação com a mortalidade materna no Brasil. A pesquisa revela dados alarmantes que destacam como as mulheres negras e pardas enfrentam riscos significativamente maiores em comparação com suas contrapartes brancas.
Essa análise não só evidencia a necessidade urgente de políticas públicas que abordem essas disparidades, mas também reforça a importância de um olhar crítico sobre a interseccionalidade na saúde, levando em consideração fatores sociais, econômicos e históricos que impactam a vida das mulheres no país.
A utilização de uma base de dados nacional robusta permite uma compreensão mais abrangente do problema, o que é fundamental para o desenvolvimento de intervenções eficazes. É imprescindível que as estratégias de saúde pública considerem essas múltiplas dimensões para reduzir as desigualdades e garantir um atendimento materno digno e equitativo para todas as mulheres brasileiras.
Por Sandra Weber
Dra., especialista da AMCR (Associação de Mulheres Cientistas e Pesquisadoras)
Artigo de opinião



