Como a tecnologia está transformando a logística do frio e combatendo o desperdício de alimentos no Brasil
Sistemas inteligentes de refrigeração e rastreabilidade térmica garantem segurança alimentar e sustentabilidade
A logística do frio no Brasil está passando por uma verdadeira revolução graças à adoção de tecnologias avançadas que prometem reduzir significativamente o desperdício de alimentos. Dados da assessoria de imprensa indicam que cerca de 30% das frutas e hortaliças produzidas no país se deterioram antes de chegar ao consumidor final, um problema agravado pela variação térmica durante o transporte e armazenamento.
Para enfrentar esse desafio, empresas de transporte e distribuição têm investido em sistemas automatizados de refrigeração, sensores conectados e softwares de rastreamento térmico. Esses recursos permitem o monitoramento em tempo real da temperatura ao longo de toda a cadeia de suprimentos, evitando oscilações que comprometem a integridade dos alimentos. “O controle contínuo evita oscilações bruscas que comprometem a integridade das cargas. Hoje, a tecnologia permite agir antes que a perda aconteça”, explica Patrick Galletti, CEO do Grupo RETEC, referência em climatização e refrigeração.
Além de garantir a qualidade dos alimentos, esses sistemas enviam alertas automáticos em caso de desvios de temperatura, possibilitando ajustes imediatos em câmaras frias, caminhões e centros de distribuição. O monitoramento constante também gera relatórios detalhados, fundamentais para atender exigências sanitárias e contratos de exportação, especialmente para carnes, laticínios e medicamentos.
Outro aspecto importante é a eficiência energética e a sustentabilidade. O resfriamento representa cerca de 2,7% das emissões globais de CO2 relacionadas à energia, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). Para reduzir esse impacto, a modernização da infraestrutura logística inclui o uso de fluidos refrigerantes ecológicos, reaproveitamento de energia e equipamentos com tecnologia inverter, que consomem até 30% menos eletricidade. “Além de preservar alimentos, o desafio é operar de forma sustentável, equilibrando eficiência e responsabilidade ambiental”, reforça Galletti.
No Brasil, redes de distribuição e cooperativas agrícolas já utilizam sistemas com controle independente de zonas, que ajustam automaticamente a temperatura conforme o tipo de carga e a ocupação do compartimento. Estudos indicam que a automação e os sensores inteligentes podem reduzir o consumo energético em até 30% em armazéns frigoríficos.
Para garantir a conformidade sanitária, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige registros de temperatura e umidade durante toda a cadeia de transporte de perecíveis. O uso da tecnologia é essencial para evitar prejuízos econômicos e riscos à saúde do consumidor. Entre as boas práticas recomendadas estão o uso de embalagens térmicas adequadas, manutenção preventiva dos equipamentos e capacitação das equipes responsáveis pela carga e descarga.
A digitalização do setor também impulsiona startups que desenvolvem soluções inovadoras, como rastreamento por GPS, análise preditiva e blockchain, aumentando a transparência e a segurança alimentar. “A integração entre automação, sensores e análise de dados define a nova era da cadeia de frio. O futuro da conservação de alimentos será conectado, eficiente e sustentável”, conclui Galletti.
Essa transformação tecnológica na logística do frio não só contribui para a redução do desperdício de alimentos, mas também promove um estilo de vida mais consciente e saudável, alinhado às demandas atuais de sustentabilidade e qualidade de vida.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



