Black Friday 2025: Como Empresas e Consumidoras Podem se Proteger de Fraudes Digitais
Especialistas alertam para o aumento de golpes cibernéticos e dão dicas para evitar prejuízos na maior data do varejo
A Black Friday é uma das datas mais aguardadas do ano para o varejo, com previsão de faturamento superior a R$ 13 bilhões em 2025, segundo a Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce (ABIAComm). Porém, esse aumento expressivo nas transações e no volume de dados trocados também eleva a vulnerabilidade de empresas e consumidores a ataques cibernéticos e fraudes digitais.
Dados da assessoria de imprensa do escritório Opice Blum Advogados, especializado em direito digital, revelam que 79% das empresas brasileiras se sentem mais expostas a ataques cibernéticos do que em anos anteriores, enquanto 66,5% apontam a cibersegurança como um dos cinco maiores riscos corporativos.
Durante a Black Friday, golpes como phishing — que roubam dados por meio de mensagens ou sites falsos — e ransomware — que bloqueia sistemas e exige resgate — aumentam consideravelmente. Fraudes financeiras, como boletos falsos, clonagem de cartões e uso indevido de dados pessoais, também se tornam mais frequentes.
Com o avanço da inteligência artificial, os criminosos criam páginas, anúncios e mensagens com aparência profissional, dificultando a identificação das fraudes. “A mais recente usa Inteligência Artificial para reproduzir de forma extremamente realista a imagem e a voz de executivos em vídeos falsos — o que chamamos de deep fake — com o objetivo de dar credibilidade para anúncios e sites fraudulentos, direcionando consumidores para páginas que aplicam golpes”, explica Camilla Jimene, head do contencioso digital e sócia do Opice Blum Advogados.
Para ajudar a identificar possíveis golpes, as especialistas do Opice Blum listam alguns sinais comuns: sites que prometem descontos de até 80% e não entregam o produto; quizzes e páginas que cobram apenas o frete via PIX para liberar brindes; grupos no WhatsApp com ofertas muito abaixo do mercado, muitas vezes envolvendo produtos falsificados; perfis falsos em redes sociais que usam nome e logotipo de marcas; e anúncios pagos que redirecionam para páginas fraudulentas, geralmente com pagamento exclusivo via PIX.
O monitoramento web preventivo é uma prática recomendada para combater essas fraudes. Ele realiza varreduras contínuas em redes sociais, marketplaces, domínios e canais públicos, combinando detecção de marca, análise de tráfego de anúncios e cruzamento de informações de pagamento, como chaves PIX vinculadas a golpes.
Durante o período pré-Black Friday de 2025, o Opice Blum já identificou inúmeros sites falsos, perfis fraudulentos e anúncios patrocinados que direcionam vítimas a páginas clonadas. “Também foram mapeados padrões operacionais dos golpistas, como uso de variações do nome da marca, termos de campanha (‘Black Friday’, ‘Pink Friday’) e pagamento exclusivo por PIX, o que dificulta a recuperação dos valores”, alerta Camilla.
Para as empresas, é fundamental atuar preventivamente com equipes jurídicas e de segurança para remoção de anúncios, bloqueio de domínios e ações rápidas contra fraudes. Para consumidoras, a dica é desconfiar de ofertas muito abaixo do mercado, evitar pagamentos via PIX em promoções duvidosas e verificar a autenticidade dos sites e perfis antes de realizar compras.
Com atenção redobrada e medidas preventivas, é possível aproveitar as promoções da Black Friday com mais segurança e evitar prejuízos causados por golpes digitais.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



