Cooktops no décor: como escolher e integrar esse eletrodoméstico na cozinha moderna
Descubra as diferenças entre os tipos de cooktop e dicas essenciais para uma instalação segura e funcional que valoriza o design e a praticidade do ambiente
Com a cozinha cada vez mais integrada à área social, o cooktop ganha força por tornar o visual do ambiente mais clean e elegante, além de otimizar espaço e resultar em praticidade. O nosso lar é um reflexo da rotina e do estilo de vida da família, portanto, acertar na escolha dos eletrodomésticos pode tornar tudo isso mais prático e leve. Com isso, o tradicional fogão, que faz parte da história da casa dos brasileiros, ganhou um concorrente de peso, o cooktop, novo queridinho do momento.
Em resumo, os cooktops ocupam menos espaço do que um fogão convencional, se tornando um importante aliado em projetos de casas e apartamentos contemporâneos, em especial, dos imóveis compactos. Mas como escolher o modelo ideal e qual a diferença entre cada um deles?
Há três alternativas principais com diferentes particularidades: cooktop a gás, elétrico e por indução. O modelo a gás é o mais tradicional e amplamente utilizado. Requer ponto de gás encanado ou botijão próximo, além de ventilação adequada para segurança. A bancada deve prever abertura para o encaixe, espaço para o flexível de gás e acesso fácil para manutenção.
Já o modelo elétrico funciona por resistência, por isso exige alimentação elétrica exclusiva, geralmente em 220V, com disjuntor dedicado e fiação compatível com a potência. A instalação é simples e dispensa gás, contudo o consumo elétrico é mais alto. O modelo de indução também precisa de alimentação 220V e disjuntor independente, além de panelas específicas com fundo ferroso. É o mais seguro, pois não gera chama e tem superfície fria ao toque.
O cooktop a gás exige infraestrutura para o ponto de gás (canalização, válvula e espaço para o flexível), além de ventilação natural no ambiente, conforme normas técnicas de segurança. É importante prever acesso fácil ao registro e evitar interferências com gavetas e divisórias.
Já os modelos elétricos ou de indução demandam ponto de energia dimensionado conforme a potência do equipamento, mas dispensam ventilação e espaço para mangueiras. Isso permite soluções mais limpas e compactas, com gavetões diretamente abaixo do cooktop.
Para definir o modelo de cooktop, é fundamental entender o perfil de uso e as prioridades dos moradores antes de iniciar o projeto. Para quem cozinha com frequência e deseja versatilidade, o modelo a gás ainda é o mais indicado. Para quem valoriza praticidade, limpeza e estética, o modelo de indução costuma ser o preferido, além de ser mais seguro. Já o modelo elétrico é uma opção intermediária, geralmente usada onde não há ponto de gás disponível.
Uma das potencialidades do cooktop é a possibilidade de ocultar as mangueiras através da arquitetura. É inclusive recomendado que isso aconteça, ocultando as mangueiras de gás e conexões de forma segura e integrada à marcenaria.
É possível criar compartimentos técnicos dentro dos módulos inferiores, com fundo falso ou divisória recuada. Outra ideia é criar uma passagem embutida na lateral do móvel ou atrás da base do gabinete, garantindo ventilação e fácil acesso ao registro. O uso de rodapés removíveis que permitem inspeção e manutenção também é uma possibilidade, uma vez que não prejudicam a estética.
Contudo, essas soluções precisam seguir as normas da ABNT (NBR 13932), não comprometendo a ventilação nem o acesso ao registro de gás. Um profissional da área é mais do que indicado para fazer o projeto, indicar a melhor solução e acompanhar toda a instalação.
Com todo o equipamento instalado e oculto pela marcenaria, o cooktop se torna um elemento funcional e estético, deixando todas as conexões resguardadas e sem atrapalhar a passagem, dividindo o espaço da bancada com gavetas e até com a própria pia com máxima organização.
Outro charme proporcionado pelos cooktops é sua facilidade de implementação em ambientes integrados, podendo atender até dois setores ao mesmo tempo. Isso torna o eletro um poderoso aliado para projetos de áreas gourmets e, principalmente, das cozinhas integradas com o estar.
Para potencializar a integração com o cooktop, é recomendável combiná-lo sempre com uma coifa, pois assim a gordura não se espalha pelos ambientes vizinhos. Bancadas e ilhas podem servir tanto de balcão para refeições rápidas como estações de preparo dos alimentos, ampliando a funcionalidade do espaço.
Para aqueles que possuem uma ligação ainda mais forte com a culinária e desejam uma peça mais robusta, existe o rangetop, modelo que se adapta muito bem a cozinhas industriais. Ele se distingue dos cooktops por ser mais potente, ter queimadores de alta potência e ser mais semelhante a um fogão profissional, podendo ser instalado direto nas pedras e com conexões ocultas pela arquitetura.
Por Rosangela Pena
arquiteta
Artigo de opinião



