Consulta Pública da Conitec avalia inclusão de pertuzumabe no SUS para câncer de mama HER2
Participe até 26 de novembro e contribua para ampliar opções de tratamento no SUS para câncer de mama de alto risco
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu uma Consulta Pública para avaliar a proposta de incorporação do medicamento pertuzumabe no tratamento neoadjuvante do câncer de mama HER2-positivo inicial de alto risco. O prazo para envio de contribuições vai até 26 de novembro de 2025. Esta iniciativa foi divulgada por meio de dados da assessoria de imprensa e representa um avanço importante para pacientes que dependem do SUS.
O tratamento neoadjuvante é realizado antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor, facilitando procedimentos menos invasivos. A combinação de pertuzumabe com trastuzumabe e quimioterapia, conhecida como duplo bloqueio, tem demonstrado aumentar significativamente as chances de cura ao reduzir o risco de recorrência e morte. Estudos indicam que essa associação quase dobra as taxas de resposta patológica completa, ou seja, quando o tumor não é mais detectável após o tratamento, o que possibilita cirurgias mais conservadoras e, em muitos casos, a preservação da mama. Isso impacta positivamente a qualidade de vida e autoestima das pacientes, além de contribuir para a sustentabilidade do sistema público de saúde ao reduzir custos com procedimentos mais agressivos.
O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres no Brasil, com estimativa de quase 74 mil novos casos em 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O subtipo HER2, que representa cerca de 20% dos casos, é historicamente mais agressivo, exigindo tratamentos eficazes para melhorar o prognóstico. Apesar dos avanços, as taxas de mortalidade no país têm aumentado, principalmente devido ao diagnóstico tardio e barreiras no acesso a tratamentos adequados, especialmente no SUS, onde há maior incidência de casos em estágios avançados.
As principais diretrizes internacionais e brasileiras, incluindo as da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), recomendam o uso combinado de pertuzumabe e trastuzumabe com quimioterapia antes da cirurgia para pacientes com câncer de mama HER2-positivo de alto risco. A incorporação desse tratamento no SUS alinharia o Brasil às melhores práticas globais, ampliando o acesso a terapias que aumentam as chances de cura.
A participação da sociedade civil, pacientes, cuidadores e profissionais de saúde é fundamental para a decisão do Ministério da Saúde. Para contribuir, é necessário acessar a plataforma oficial da Conitec via Gov.br, fazer login e enviar sua opinião até o dia 26 de novembro. Essa é uma oportunidade para ajudar a transformar o tratamento do câncer de mama no Brasil, promovendo avanços que beneficiam milhares de mulheres.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



