Tuberculose no Brasil: 78 mil casos anuais e a mobilização dos agentes comunitários de saúde

Dia Nacional de Combate à Tuberculose reforça a importância do diagnóstico precoce e do tratamento acessível

A tuberculose continua sendo um grave problema de saúde pública no Brasil, com cerca de 78 mil novos casos e 4,5 mil mortes registradas anualmente, segundo dados recentes da assessoria de imprensa. Apesar da existência de métodos eficazes de diagnóstico e tratamento, a doença permanece entre as principais causas de óbitos evitáveis no país.

No Dia Nacional de Combate à Tuberculose, celebrado em 17 de novembro, a mobilização ganha força para reforçar a importância da busca ativa por diagnóstico e o acesso ao tratamento. Agentes comunitários de saúde desempenham papel fundamental nessa luta, participando do Projeto A CASA, uma iniciativa coordenada pelo Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social (IPADS) em parceria com Johnson & Johnson e a Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (CONACS).

O projeto reúne cerca de 400 agentes comunitários de saúde de diferentes municípios, que atuam diretamente nas comunidades para monitorar pessoas com sintomas respiratórios prolongados, orientar famílias e estimular a adesão ao tratamento. O médico epidemiologista André Ribas destaca que “a tuberculose segue distribuída de modo desigual no território nacional e alcança com maior intensidade pessoas que convivem com condições que facilitam a transmissão”. Ele ressalta ainda que “localizar rapidamente quem apresenta tosse persistente e garantir o acesso ao diagnóstico e ao início do tratamento sem barreiras” é essencial para interromper a cadeia de transmissão.

A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e transmitida principalmente pelo ar em ambientes fechados e pouco ventilados. No Brasil, a doença está concentrada em regiões metropolitanas e grupos vulneráveis, como pessoas vivendo com HIV, moradores de rua, idosos e crianças pequenas. O tratamento, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dura aproximadamente seis meses e utiliza uma combinação de medicamentos.

A presidenta da CONACS, Ilda Angélica Correia, explica que o trabalho dos agentes comunitários é crucial para o sucesso do tratamento: “O agente comunitário cria um canal permanente com as famílias e isso permite observar mudanças no estado de saúde, perceber quando alguém está com tosse por semanas e orientar sobre a necessidade de procurar a unidade”. Além disso, os agentes realizam visitas domiciliares para orientar sobre práticas que ajudam a reduzir a transmissão, como a ventilação adequada dos ambientes, e esclarecem dúvidas para evitar o estigma social.

O Projeto A CASA também oferece formação continuada e materiais técnicos para fortalecer a atuação dos agentes, ampliando a capacidade do SUS de responder à tuberculose por meio da vigilância ativa e do apoio territorial. Thiago Lavras Trapé, presidente do IPADS, destaca que “a presença do agente no território é determinante para localizar quem apresenta sintomas e facilitar o acesso à unidade de saúde”.

A combinação entre vigilância comunitária, diagnóstico oportuno e tratamento regular é o caminho para reduzir os casos e mortes por tuberculose no Brasil. Para apoiar essa mobilização, o Projeto A CASA disponibiliza uma cartilha gratuita com informações essenciais sobre a doença, disponível para download no site oficial, fortalecendo a informação e o cuidado nas comunidades.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Projeto A CASA e parceiros.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

👁️ 71 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar